“Perguntaram a uma mulher de 100 anos de idade se tinha algum arrependimento. Respondeu ela: Se eu soubesse que viveria até os 100, teria aprendido tocar violino aos 40. Poderia ter tocado por 60 anos.” (Anne Karpf, 2015)
O texto abaixo é um fragmento do livro de Anne Karpf – Como envelhecer
Anne muito sabiamente diz que a criatividade assim como a vitalidade, está desvinculada da idade. Apresenta os relatos de artistas, pintores e escritores que começaram a desenvolver sua arte da meia idade para cima. Destaca algumas figuras ilustres como Darwin que estava com 50 anos quando a origem das espécies surgiu e Kant estava com 57 quando a crítica da razão pura foi publicada. Defoe escreveu todos os seus livros depois dos 60 anos. Goya estava com 65 anos quando começou a pintar os desastres da guerra. E quando estava com 80 anos pintou a figura de uma homem curvado sobre as bengalas com a inscrição ainda estou aprendendo. Verdi compôs Otello aos 72 anos e Falstaff aos 76. Sófocles escreveu Édipo Rei quando estava com 68 anos, e Picasso continuou pintando até os 91 anos. Winston Churchill se tornou primeiro-ministro aos 66 anos e o arquiteto Frank Lloyd Wright concluiu o museu Solomon Guggenheim, quando tinha 80 anos.
Assim sendo, a ideia de que o envelhecimento não é nada além de uma trajetória de declínio é extremamente equivocada. Envelhecer em cada estágio da vida, pode ser altamente enriquecedor.
Anne acrescenta que é claro que a maioria de nós, não tem muito a ver com essas figuras fantásticas. Mas, lembra de um estudo da Universidade de Columbia, sobre artistas mais velhos em New York e suas poderosas redes de contato, sugerindo que podemos apreender muito com artistas criativos sobre as formas dinâmicas de envelhecer.
Nesse estudo, que entrevistou 213 artistas a maioria concordou que nunca se aposentaria, pois seria a mesma coisa que se aposentar da vida. O que sugere que o interesse apaixonado por alguma coisa e a manutenção dos contatos sociais, só tem a enriquecer o processo de envelhecimento.
Vamos lá! Encontre uma nova forma de viver após os 50 anos.
Genial este texto! Para mim, um fato. Aposentei-me em fevereiro de 2018, embora ainda esteja vinculada à pós-graduação em minha universidade até que minhas doutorandas defendam. Agora, estou voltando a me dedicar a uma paixão que abandonei por me ocupar com a escrita acadêmica e a docência: voltei a escrever literatura! E, como estamos na era digital, optei por um blog e pela hiperliteratura. Então, tecnicamente, não me aposentei; mudei de carreira! E é muito bom!!!! Abraços.
Que coisa boa Cristina! Qual é o seu blog?