O aumento da expectativa de vida cerca de 30 anos é de fato uma conquista, mas como vamos viver estes anos adicionais de vida? Sendo o envelhecimento caracterizado por alterações biológicas previsíveis é comum que ao viver mais também aumente a exposição do organismo. A revolução da longevidade também apresenta um tempo de vida maior convivendo com doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, depressão, quedas e fragilidade.
A prática regular de exercício físico ganha, cada vez mais, destaque para a promoção de um envelhecimento saudável. Para os idosos é uma estratégia eficaz para a manutenção da capacidade funcional.
O exercício físico tem sido reconhecido como uma polipílula, isso porque está disponível a baixo custo e se mostra relativamente livre de efeitos adversos. É um fator determinante para redução de riscos cardiovasculares e mortalidade por todas as causas.
É preciso saber que atividade física é diferente de exercício físico. O primeiro se caracteriza como todo e qualquer movimento que aumente a frequência cardíaca acima da basal, ou seja, aquela necessária para manter o indivíduo em repouso. Já o exercício físico é programado e sistematizado para um objetivo, focando nas aptidões físicas necesárias para uma vida com autonomia e independência. Como exemplo podemos citar que varrer a casa é diferente de uma caminhada. Portanto, é de extrema importância que o exercício fisico seja orientado por um profissional de Educação Física.
A forma como essa prescrição acontece faz toda diferença, sendo o profissional de educação física fundamental para a prescrição e acompanhamento do treinamento, garantindo um resultado positivo e seguro, com periodização, sobrecarga progressiva, especificidade e individualidade.
Este profissional contribuirá para que o idoso se adeque e colha os benefícios mesmo que tenha sido sedentário durante toda vida. Através de uma avaliação multidimensional e a adaptação dos movimentos de forma progressiva garantimos a potencialização dos benefícios biopsicossocias desta prática. O exercício bem orientado, é, portanto, uma importante estratégia para envelhecer bem.
Talita Cezareti
Profissional de Educação Física – CREF 29697-RJ
Especialização em Geriatria e Gerontologia pela UERJ
Mestranda em Ciências Cardiovasculares no Instituto Nacional de Cardiologia
Membro da Comissão Científica de Educação Física da Sociedade de Cardiologia do Rio de Janeiro (SOCERJ)
Idealizadora @envelhecerbem