Quando o idoso não aceita a alimentação, o que fazer?
No processo do cuidado nutricional do idoso com doença de Alzheimer uma das questões centrais no plano de cuidados é a Terapia Nutricional precoce para evitar a perda ponderal e a desnutrição. Deve-se evitar a ansiedade para resolver as questões nutricionais do e buscar ajuda solicitando a avaliação de um nutricionista especialista em Gerontologia para indicar se for preciso a realização de intervenções dietéticas através da terapia nutricional, manobras dietéticas e se necessário realizar a mudança da consistência com a avaliação do fonoaudiólogo.
Outro aspecto importante é a corresponsabilidade dos cuidadores formais e informais na execução do plano de cuidados nutricionais. Cuidadores são determinantes para o sucesso do cuidado nutricional, cabe destacar que a atualização e o treinamento do cuidador devem ser constantes para a qualidade do cuidado. Neste processo sabemos que o ato de se alimentar pode ser ainda mais complicado devido à anorexia, confusão mental e a agitação necessitando de maior suporte e supervisão durante a alimentação. Surge também dificuldade em realizar tarefas, mesmo as mais simples, como montar o próprio prato e levar o garfo à boca. Podendo levar ao estresse, cansaço e baixa ingestão alimentar.
Quando ocorre o déficit alimentar e nutricional?
A nutrição apresenta-se em
- A nutrição apresenta-se em geral deficiente
- Perda da autonomia para a alimentação
- Falta de cuidados alimentares corretos
Algumas orientações nutricionais
- Características sensoriais: aparência, sabor, cores, textura e variedade de alimentos desempenham papéis importantes nesse contexto e devem ser avaliadas em cada fase da doença;
- Preferencias pessoais devem ser obrigatoriamente consideradas;
- Quando consegue se alimentar, ele poderá seguir o mesmo cardápio da família;
- Maior vínculo e interação com cuidador – Melhores resultados;
- O idoso pode ter esquecido de usar os talheres orientar o cuidador a fazer o movimento permitindo que o idoso imite;
- Estimulo a alimentar-se sozinho com supervisão e estimulo verbal;
- Ingestão alimentar inferior á 70% → suplemento alimentar com orientação do nutricionista;
- Evitar dietas restritivas para prevenir os agravos nutricionais e retardar as perdas funcionais;
Idosos chegam a fases mais avançadas da doença com desnutrição grave → falta de cuidados desde o começo da demência;
Monitoramento longitudinal das alterações do peso e composição corporal;
Deve-se dar água, água de coco, sucos, refrescos e chás para hidratar frequentemente (período 2 horas);
Tamanho e consistência dos alimentos devem ser apropriados → evitar engasgos;
Observar uso de prótese dentária;
Texto de Glaucia Cristina Campos – Nutricionista da equipe Geriatre