Fratura de Fêmur

Acometem principalmente indivíduos com idade mais avançada podendo ser provocada por queda da própria altura causando perda da funcionalidade e aumento da mortalidade.

Fatores de risco

Anomalias psicomotoras, uso de medicamentos sedativos, álcool, tabagismo,
sedentarismo, osteoporose. Após os 50 anos o risco de fratura dobra a cada década.

O que fazer na suspeita de fratura?

Procure um médico. Certamente, após exames de imagem o médico fechará o provável diagnóstico para estabelecer as condutas adequadas

Tratamento

A Maioria dos casos é cirúrgico. Quanto mais tempo o indivíduo permanece acamado,
maiores chances de complicações, como trombose venosa profunda, embolia pulmonar e até lesões por pressão.

Recuperação

Em torno de 25% dos pacientes se recuperam quase totalmente. Os demais, podem
apresentar, dor persistente, claudicação(mancar),alterações de equilíbrio e marcha, dificuldades de subir escadas.

Objetivos da intervenção do fisioterapeuta

Os principais objetivos da fisioterapia nestes pacientes são: Aumentar a força muscular e melhorar a resistência e a eficiência da deambulação.

É importante que o profissional conheça o tipo de fratura e o material usado na fixação, para que sejam aplicados melhores métodos de reabilitação.

Dra. Maria Fernanda Viana é fisioterapeuta da equipe Geriatre atendendo em consultório e domicílio.

Violência contra a pessoa idosa

A violência contra a pessoa idosa é um fenômeno mundial, multivariado e antigo, e a falta de visibilidade desta situação acaba por banalizar tão sério problema. Ainda que o Brasil tenha concebido em anos recentes políticas públicas bem desenhadas e manuais ministeriais com um conjunto de estratégias de enfrentamento, a sua viabilização efetiva constitui um dos maiores desafios nos dias atuais. Apesar de ser um tema pouco explorado, a violência sempre fez parte das relações humanas. Contudo, questões diversas, de ordem sociocultural, adiaram uma discussão mais profunda sobre suas causas, formas e efeitos adversos. Apenas mais recentemente a violência doméstica, nas diversas formas de apresentação, passou a ser considerada uma importante questão social e um problema de saúde pública. No Brasil, as bases de orientação para o enfrentamento do problema podem ser resumidas em um conjunto de portarias, leis e manuais. Tais instrumentos estão disponíveis para os profissionais que desejam lidar com o problema

São inúmeras as definições para violência. Este conceito parece estar em construção. A Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1996, o definiu como “todo ato de uso de força física ou poder, em ameaça ou na prática, contra si próprio, outra pessoa ou contra um grupo ou comunidade que resulte ou possa resultar em sofrimento, morte, dano psicológico, desenvolvimento prejudicado ou privação”. Não obstante a ausência de consenso sobre uma definição do que seja violência doméstica, as formas de cometê-la são variadas, independente de classe social, raça ou sexo. Há um conjunto de situações que podem indicar a presença de atos violentos, tais como: abuso físico, psicológico, financeiro, sexual, abandono, negligência e autonegligência.

A violência é praticada nos mais diferentes cenários, estimulada ainda por padrões socioculturais; nas instituições nas quais idosos estão internados para tratamento ou asilamento, na própria residência ou coabitando com parentes. Ainda que no Brasil os estudos sobre o tema sejam escassos, há indícios de que o ambiente doméstico – teoricamente apresentado como um espaço de proteção – é o local onde os episódios acontecem com maior frequência.

Ainda se sabe pouco a respeito da dinâmica e das causas de abusos perpetrados e, por conseguinte, como preveni-los. No atual sistema de saúde brasileiro esbarra-se em uma estrutura de atendimento precária e são mínimas as ações programáticas para a população idosa. Almeja-se, no entanto, o desenvolvimento de ações de promoção de saúde e prevenção de agravos. Para que se evitem as consequências deletérias produzidas pela prática de maus-tratos, o rastreamento e a avaliação da violência doméstica se constitui como estratégia possível de proteção da pessoa idosa incluída na dinâmica da avaliação da saúde para a investigação dos casos de maus-tratos, seguida de intervenção que seja realizada na própria unidade de atendimento ou em unidades especializadas.

Você encontra esse artigo completo na série rotinas hospitalares do Hospital Pedro Ernesto. Caso queria receber um volume, click no título da matéria, no final deixe seus dados em comentários que enviaremos o PDF por e-mail

Encontro para Cuidadores

Assédio nas relações de trabalho: Como lidar?

Por que falar sobre assédio nas relações de trabalho?

O assédio pode ser entendido como:
importunação insistente e/ou agressiva, com vista à obtenção de algo. Estas situações podem ocorrer nas relações do trabalho. O assédio pode ser várias naturezas: moral, sexual, psicológico, etc. No próximo encontro vamos discutir sobre os tipos de assédio, e como lidar adequadamente com os episódios.

Informações

O encontro com cuidadores acontece no nosso espaço na Rua Engenheiro Enaldo Cravo Peixoto 215 Sala 1112. Ao lado do Shopping Tijuca.

As vagas são limitadas. Os ingressos tem o valor de R$30,00 (trinta reais)

Informações também podem ser obtidas através do e-mail geriatre.envelhecimento@gmail.com

Segurança no domicílio do idoso

A casa de um idoso precisa ser segura, livre de “armadilhas” que possam levá-lo à queda.

Dicas para evitar riscos

Algumas dicas para uma casa mais adequada, evitando a exposição à riscos:

Para a casa em geral

  • Tapetes devem ser retirados
  • Escadas com corrimão dos dois lados
  • Nunca deixar objetos, fios ou brinquedos espalhados pelo chão
  • Interruptores devem estar em local de fácil acesso
  • Abajures e luz de emergência nos cômodos e corredores

Na sala

  • Cadeiras e poltronas devem ter braços para facilitar o ato de sentar e levantar, devem ter boa fixação e devem ser pesadas
  • Cadeiras e sofás devem ter a altura compatível com a do idoso
  • Mesas de centro e estantes devem estar fora do ambiente de circulação

No quarto

  • Avalie o colchão. Aqueles que são muito “moles” dificultam a transferência e independência
  • A cama deve ter a altura compatível com a do idoso

No banheiro

  • Barras de apoio no banheiro são fundamentais (box, vaso sanitário e pia)
  • O piso deve ser antiderrapante
  • O box deverá deve ser totalmente desobstruído
  • A cadeira de banho é uma boa opção para aqueles com problemas de mobilidade e alterações de equilíbrio

Na cozinha

  • Móveis e louças devem ter cores que contrastem com o piso e com o azulejo
  • Evitar deixar objetos perfurantes ou cortantes
  • Sempre avaliar se a pessoa pode pode usar o fogão sozinha, caso negativo, deixar a saída de gás sempre fechada

Animais de estimação

São ótimos companheiros para os idosos, porém alguns cuidados são necessários: o idoso deve sentar-se para brincar com o animal e tomar cuidado com brinquedos, tigelas de comida e água, e com coleira.

As modificações ambientais ajudam na Prevenção de Quedas e devem ser orientadas pelo Fisioterapeuta ou Terapeuta Ocupacional

Dra. Vania Cezário – Fisioterapeuta da equipe Geriatre

17 de maio – Dia Mundial da Hipertensão arterial

Aproveitando esse dia convidamos todos a uma reflexão sobre o estilo de vida que estamos levando.

A hipertensão arterial, popularmente conhecida como pressão alta, é uma doença silenciosa. Pois na maioria das vezes os sintomas são semelhantes aos de outras doenças.

Estima-se que cerca de 250 milhões de pessoas na Américas, sofrem de hipertensão arterial – uma doença que pode ser prevenida ou adiada por um conjunto de intervenções preventivas A hipertensão arterial é o principal fator de risco para desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Anualmente, na região das Américas, mais de um milhão e meio de mortes são ocasionadas em decorrência de doenças cardiovasculares. Os números abaixo nos chamam a atenção para a gravidade de um problema que pode ser evitado e/ou controlado.

Números

  • 30% da população adulta brasileira sofre de hipertensão
  • 50% da população idosa é acometida pela doença
  • 40% dos infartos, 80% dos acidentes vascular cerebral (AVC) e 25% dos casos de insuficiência renal terminal são ocasionados pela hipertensão

A Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) é responsável pela promoção de políticas e projetos de impacto sobre a saúde pública na prevenção da hipertensão por meio de políticas públicas, além disso, promove e apoia projetos que facilitam o acesso a medicamentos essenciais para o tratamento d hipertensão. As Nações Unidas concordaram com o objetivo de reduzir a hipertensão em 25% e o sódio na dieta em 30% até 2025 O consumo de sal recomendado pela Organização Mundial de Saúde é abaixo de 5g/dia.

Fatores de risco para a hipertensão arterial

  • Tabagismo
  • Consumo de bebidas alcoólicas
  • Obesidade
  • Altos níveis de estresse
  • Colesterol com níveis elevados
  • Consumo excessivo de sal
  • Falta de atividade física

A hipertensão pode ser controlada. O médico irá determinar a melhor forma de tratamento medicamentoso e orientar sobre os novos hábitos de vida a serem adotados para que se tenha uma vida saudável.

Prevenção

A prevenção é fácil e acessível a todos

  • Procure adotar hábitos saudáveis
  • Adote alimentação menos gordurosas
  • Evite alimentos processados e temperos industrializados
  • Mantenha-se num peso adequado
  • Diminua a ingesta de sal
  • Inclua na alimentação ervas que possam ressaltar o sabor para substituir o sal
  • Não fume
  • Modere o consumo de bebidas alcoólicas
  • Pratique atividades físicas regularmente
  • Consulte um médico periodicamente

Nutrição

Quando o idoso não aceita a alimentação, o que fazer?

No processo do cuidado nutricional do idoso com doença de Alzheimer uma das questões centrais no plano de cuidados é a Terapia Nutricional precoce para evitar a perda ponderal e a desnutrição. Deve-se evitar a ansiedade para resolver as questões nutricionais do e buscar ajuda solicitando a avaliação de um nutricionista especialista em Gerontologia para indicar se for preciso a realização de intervenções dietéticas através da terapia nutricional, manobras dietéticas e se necessário realizar a mudança da consistência com a avaliação do fonoaudiólogo.

Outro aspecto importante é a corresponsabilidade dos cuidadores formais e informais na execução do plano de cuidados nutricionais. Cuidadores são determinantes para o sucesso do cuidado nutricional, cabe destacar que a atualização e o treinamento do cuidador devem ser constantes para a qualidade do cuidado.  Neste processo sabemos que o ato de se alimentar pode ser ainda mais complicado devido à anorexia, confusão mental e a agitação necessitando de maior suporte e supervisão durante a alimentação. Surge também dificuldade em realizar tarefas, mesmo as mais simples, como montar o próprio prato e levar o garfo à boca. Podendo levar ao estresse, cansaço e baixa ingestão alimentar.

Quando ocorre o déficit alimentar e nutricional?

A nutrição apresenta-se em

  • A nutrição apresenta-se em geral deficiente
  • Perda da autonomia para a alimentação
  • Falta de cuidados alimentares corretos

Algumas orientações nutricionais

  • Características sensoriais: aparência, sabor, cores, textura e variedade de alimentos desempenham papéis importantes nesse contexto e devem ser avaliadas em cada fase da doença;
  • Preferencias pessoais devem ser obrigatoriamente consideradas;
  • Quando consegue se alimentar, ele poderá seguir o mesmo cardápio da família;
  • Maior vínculo e interação com cuidador – Melhores resultados;
  • O idoso pode ter esquecido de usar os talheres orientar o cuidador a fazer o movimento permitindo que o idoso imite;
  • Estimulo a alimentar-se sozinho com supervisão e estimulo verbal;
  • Ingestão alimentar inferior á 70% → suplemento alimentar com orientação do nutricionista;     
  • Evitar dietas restritivas para prevenir os agravos nutricionais e retardar as perdas funcionais;

Idosos chegam a fases mais avançadas da doença com desnutrição grave   → falta de cuidados desde o começo da demência;

Monitoramento longitudinal das alterações do peso e composição corporal;

Deve-se dar água, água de coco, sucos, refrescos e chás para hidratar frequentemente (período 2 horas);

Tamanho e consistência dos alimentos devem ser apropriados → evitar engasgos;

Observar uso de prótese dentária;

Texto de Glaucia Cristina Campos – Nutricionista da equipe Geriatre