Hipertensão: algumas considerações
A hipertensão arterial é uma doença crônica não transmissível, mais comum em adultos e idosos. É uma condição multifatorial, muitas vezes assintomática, por este motivo convém aferi-la regularmente.
Há diversos fatores comportamentais, genéticos que favorecem o desenvolvimento da hipertensão durante toda a vida. Porém, o que está no topo dos principais fatores são: obesidade, sedentarismo, tabagismo, estresse e hábitos alimentares inadequados, como ingestão elevada de álcool, sal e gordura. Segundo Ministério da Saúde ela atinge 1 em cada 4 adultos.
A hipertensão é caracterizada pela elevação sustentada dos níveis de pressão arterial, acima de 140×90 mmHg (milímetro de mercúrio), popularmente conhecida como 14/9 – o primeiro número se refere à pressão máxima ou sistólica, que corresponde à contração do coração; o segundo, à pressão do movimento de diástole, quando o coração relaxa.
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26 de abril: uma data para conscientização sobre o problema
A data, instituída pela Lei nº 10.439/2002, tem o objetivo de levar a população a conscientizar-se sobre a importância do diagnóstico preventivo, do tratamento e controle da doença.
Por que é importante acompanhar?
A hipertensão arterial é a principal causa de infartos e AVC. As doenças cardiovasculares são tradicionalmente a maior causa de morte no Brasil.
As metas de pressão arterial para a população idosa devem levar em conta, além da idade cronológica, o estado funcional, a fragilidade e as comorbidades presentes.
A abordagem multiprofissional é de suma importância para o controle.
Contribuições nutricionais para o controle da hipertensão
- Mudança no padrão alimentar
- Redução de sódio. Evitar: carnes processadas, maionese, enlatados, queijos amarelos, temperos prontos, lanches industrializados ( Chips, batata frita e salgadinhos)
- Incluir alimentos fonte de potássio: damasco, abacate, melão, leite desnatado, iogurte desnatado, folhas verdes, peixes (linguado e atum), feijão, laranja, ervilha, ameixa, espinafre, tomate e uva-passa.
- Caso acima do peso, a perda de peso é essencial.
- Reduzir ingestão de álcool
- Ter uma alimentação rica em frutas, legumes, verduras e grãos
Mais informações:
Texto Tainah Canário – nutricionista da equipe Geriatre
Contribuições da psicologia para o controle da hipertensão
Caminhando para 16 anos de consultório e cerca de 20 mil sessões realizadas, existem algumas percepções que gostaria de dividir com vocês.
Se simplificarmos o termo “somatização”, algo tão temido e negado por diversas pessoas, como a apresentação de sintomas emocionais no corpo (soma), ou seja, a ação de colocar no corpo – somatização, já temos meio caminho andado para a segunda ideia.
Se pegarmos “pressão arterial” e retirarmos a palavra “arterial”, ficaremos apenas com “PRESSÃO”, e é essa a chave pra entender o que se passa do ponto de vista emocional.
Não é incomum que o impacto da pressão que colocamos em eventos e de como entendemos determinados problemas, se traduzam em alteração da pressão arterial.
Em outras palavras, o tamanho que damos a algumas situações, que chamados problemas, junto com o senso sobre a nossa capacidade de resolver o problema, vão determinar nosso nível de estresse e ansiedade diante das situações.
Já tive a oportunidade de testar modificações na pressão arterial com pacientes, medindo em tempo real, e vivenciar que é possível alterá-la com indicações positivas ou negativas e manejo através da respiração.
Notem, temos dois pontos fundamentais agora, o manejo emocional da pressão arterial está pautada em RESPIRAÇÃO e MANEJO DO ESTRESSE, como estratégias de enfrentamento.
Procurem técnicas que melhor se adaptem à vocês e deixo uma sugestão minha para manejo de ansiedade: colocar as mãos em prece, levá-las até o rosto, acomodando a boca e o nariz dentro das mãos, em seguida respirando por cerca de 2min.
Vocês saberão que o exercício está sendo conduzido de maneira adequada se notarem que o ar dentro das mãos esquenta rapidamente, e que sintomas como taquicardia, sudorese, tonteira, confusão, dentre outros irão reduzir até cessar ao final desses 2min.
Em outras palavras é possível manejar nosso nível de somatização, seja de maneira preventiva ou depois dos sintomas instalados no corpo.
Se esse texto te ajudou e se você deseja maiores informações, fale conosco!
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Texto: Wallace Hetmanek – psicólogo da equipe Geriatre