Dia Mundial da prevenção de quedas

Abaixo a apresentação do volume pelo professor Roberto Alves Lourenço

Estudos longitudinais sugerem que a perda de massa muscular é um preditor robusto de declínio funcional que pode ocorrer com o envelhecimento, sendo também um atributo importante para a manutenção da mobilidade e eficiência do movimento. Há forte evidência de que perda de massa muscular é uma causa tratável de incapacidade e que idosos em fase inicial de fragilização são provavelmente os que mais se beneficiam de estratégia de intervenção, no sentido de preveni-la.

Neste fascículo da Revista HUPE, dedicado ao estudo das quedas em população idosa, abordamos no capítulo 1 as alterações na estrutura e função dos órgãos e sistemas que acompanham o envelhecimento humano. Tais alterações serão a base sobre a qual outros fatores atuarão para produzir quedas, que são, sem sombra de dúvida, um produto de múltiplos fatores determinantes e precipitantes. Em vários dos artigos que se seguem (artigos 2, 3 e 4), a associação entre quedas e estes diversos fatores foram extensamente discutidas.

Estes fatores podem estar presentes tanto no indivíduo funcional e cognitivamente comprometido, quanto no indivíduo saudável. Particularmente em relação a estes últimos, a presença de condições geriátricas não diagnosticadas, tais como as síndromes de fragilidade e sarcopenia, acima expostas, podem ser um elemento fundamental para o evento queda, tornando-o um fator precipitante de toda a cascata que leva à perda funcional. Por esta razão, a avaliação acurada – pela história clínica com pacientes e cuidadores, o exame físico detalhado, o uso de escalas de avaliação e de exames complementares deve fazer parte da abordagem do paciente, e foi cuidadosamente discutida nos artigos 5, 6, 7 e 8.

A prevenção e o tratamento dos fatores associados às quedas são visitados mediante abordagens e experiências específicas nos capítulos 6, 7 e 9. Finalmente, como mencionado no Editorial, a partir do presente fascículo, passaremos a publicar artigos em espanhol e inglês. A título de estreia, no capítulo 10, um grupo de pesquisadores do Instituto Nacional de Geriatría, Distrito Federal, México, além de discutir aspectos clínicos, epidemiológicos e abordagem das quedas, nos brinda com uma revisão do problema nos países latino-americanos, com ênfase na população mexicana.

Acesse o material completo em

http://revista.hupe.uerj.br/default.asp?ed=85#