Avaliação funcional do idoso em ILPI

Investir em avaliação funcional do idoso que chega em uma ILPI apresenta grandes benefícios para o indivíduo. Porém, a instituição e quem mais se beneficia quando, através dos resultados implementa um plano adequado.

A avaliação funcional e seus fundamentos

A avaliação de um indivíduo idoso deve ser norteada pelos princípios da avaliação funcional, visto que as doenças crônicas-degenerativas estão entre as mais prevalentes nesse ciclo de vida.

Não faz sentido a clássica avaliação clínica com foco apenas na doença. É preciso entender o indivíduo na sua totalidade, pois não se trata de um ser isolado de seu meio.

Uma pessoa idosa quando chega em qualquer espaço de atenção traz consigo um conjunto de problemas que, via de regra, interferem na sua condição de saúde ou no aparecimento de novas doenças.

Por isso, a avalição deve sempre estar pautada na participação efetiva das diversas categorias profissionais, ou seja, na prática multidisciplinar. Além disso, é o tipo de avaliação que permite uma visão global acerca do problema apresentado.

Envelhecer é aspiração máxima de toda nação. No entanto, é preciso envelhecer com qualidade positiva, mantendo a capacidade de realizar a maior parte das atividades de vida diária.

A medida que a idade avança, muitos problemas se instalam. Contudo, quando se realiza uma avaliação consistente, muitos problemas podem ser evitados. Ou, em última instância, quando já instalados podem ser reabilitados.

A avaliação funcional constitui um instrumento que fornecerá aos profissionais uma visão ampla. Por isso ela é capaz de sinalizar as condições que podem configurar potenciais riscos para quedas, repetidos episódios de de hospitalização, ou até levar o indivíduo ao óbito.

Objetivos da avaliação funcional no indivíduo idoso

O American College of Physycians (1991) elencou os seguintes objetivos

  1. Detectar, identificar e quantificar a origem das doenças;
  2. Fornecer uma medida de resultados das intervenções funcionais;
  3. Orientar o tratamento e as intervenções;
  4. Avaliar a necessidade de recursos comunitários;
  5. Melhorar o prognóstico no curso das doenças crônicas.

É nesta direção que todo gestor deve caminhar para alcançar ótimas práticas

O que há de interessante na estrutura de avaliação funcional?

É uma avaliação realizada em blocos. Isto permite a estratificação dos problemas por ordem de complexidade. A maioria dos testes é domínio público. Ademais, os testes são rápidos, de fácil aplicação e podem ser utilizados, por diversos profissionais da saúde, desde que treinados.

Vários ambientes podem se valer da utilização da avaliação funcional. Pois, será um facilitador no momento de implementar o plano terapêutico personalizado e adaptado às peculiaridades do idoso. E por essa razão, as unidades de atenção básica, os hospitais de doentes crônicos, os ambulatórios e as instituições de longa permanência para idosos (ILPIs), terão ganhos significativos ao escolher esta modalidade de avaliação.

A avaliação funcional é uma parte significativa na avaliação geriátrica ampla. Apresenta uma grande vantagem em vários espaços de atenção.

É uma modalidade de avaliação que pode impactar na otimização dos recursos humanos existentes, visto que o gestor pode designar uma ou duas pessoas, que após treinamento, ficam responsáveis pela realização de uma triagem funcional breve.

A aplicação dos demais instrumentos que compõem a avaliação funcional podem ser aplicados conforme os resultados apresentados no rastreio breve. Saiba um pouco mais em https://www.scielo.br/j/rsp/a/hLFB5Vt4tK9Qj5TNtnnMKvf/?lang=pt

Após os resultados da avaliação funcional será mais fácil encaminhar para o profissional específico para o que o mesmo complete a avaliação dentro de sua área de conhecimento e proceda ao processo de reabilitação. Além disso, o processo permite avaliar o sucesso do tratamento proposto, uma vez que será possível, a partir se sucessivas reavaliações comparar os ganhos após a conduta iniciada.

Quem se beneficia com a avaliação funcional: idoso ou gestor?

Sem dúvida ambos se beneficiam! A pessoa idosa porque mantém a sua autonomia preservada e a gestor porque evita gastos desnecessários com residentes portadores de múltiplas patologias. O diferencial de realizar uma avaliação adequada propiciará o diferencial da qualidade do serviço oferecido.

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