No mês de março uma especial dedicação às mulheres que nos inspiram. Hoje a postagem é sobre três mulheres incríveis que nos motivam a estudar. Mulheres de grande valor que já ultrapassaram a marca dos 60 anos.
Margareth Dalcolmo
Pneumologista e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz. Uma das pioneiras na luta contra o tabagismo no país. Tem vários capítulos de livros e mais de 70 trabalhos publicados em revistas nacionais e internacionais. Se destacou no enfrentamento à Covid-19. É considerada uma das principais especialistas sobre o assunto.
Leia a entrevista sobre o enfrentamento à pandemia
Pesquisadora na área de biologia na University of California, San Francisco, e estudou o telômero, uma estrutura localizada no final dos cromossomos que protege o cromossomo.
Em 1984, Blackburn participou da descoberta da telomerase, a enzima que preenche o telômero, juntamente com Carol W. Greider. Por esse trabalho, aos 68 anos, ela recebeu o Prêmio Nobel em Fisiologia e Medicina de 2009.
Publicou o livro ” O segredo está nos telomeros”, trazendo a proposta de uma longevidade saudável
Elisabeth Kübler-Ross
Elisabeth Kübler-Ross, M. D., foi uma médica psiquiatra suíça, nascida em 8 de julho de 1926, e falecida em 24 de agosto de 2004.
Autora de “Sobre a morte e o morrer”, publicado em 1969, um livro que produziu grande impacto na literatura médica de seu tempo. Elisabeth descreveu nesta obra o seu modelo de estágios do processo do morrer.
No decorrer dos anos, mais de 20 obras, ofereceu milhares de conferências e atividades educacionais ao redor de todo o mundo, recebeu dezenas de títulos honorários, e tornou-se uma das mulheres mais reconhecidas do mundo todo.
Acesse o link para conhecer parte de sua história
Mulheres que motivam lutare mostrar a força que temos
Nise da Silveira – psiquiatra com luta importante na saúde mental
Nise da Silveira – Uma psiquiatra brasileira que com força e coragem defendeu e lutou por suas ideias que revolucionaram a psiquiatria institucional. Ela foi pioneira na terapia ocupacional, introduzindo este método no Centro Psiquiátrico Pedro II do Rio de Janeiro e, segundo suas próprias palavras, entrara na Psiquiatria “pela via de atalho da ocupação terapêutica, método então considerado pouco importante para os padrões oficiais”.
Maria da Penha – Inspirou a criação da Lei Maria da Penha
Autora do livro Sobrevivi… posso contar (1994) e fundadora do Instituto Maria da Penha (2009), Maria da Penha fala sobre a sua experiência, dá palestras e luta contra a impunidade dessa violência que é social, cultural, política e ideológica, afetando milhares de mulheres, adolescentes e meninas em todo o mundo.
Conheça um pouco mais sobre sua história de vida e de luta
Malala Yousafzai – uma adolescente que lutou pelo direito de estudar
Malala Yousafzai é uma militante dos direitos das crianças, uma jovem paquistanesa que foi vítima de um atentado por defender o direito das meninas de ir à escola. Com 17 anos, foi a mais jovem ganhadora do Prêmio Nobel da Paz.
Mulheres que motivam a sonhar – porque a vida sem sonhos não vale a pena
Cecília Meireles– “Em que espelho ficou perdida a minha face”
Cecília Meireles – Poetisa, professora, jornalista e pintora brasileira. Foi a primeira voz feminina de grande expressão na literatura brasileira, com mais de 50 obras publicadas. Com 18 anos estreou na literatura com o livro “Espectros”.
Cora Coralina – Poetisa e contista brasileira. Publicou seu primeiro livro quando tinha 75 anos e tornou-se uma das vozes femininas mais relevantes da literatura nacional.
Conheça mais sobre sua história acessando o link abaixo
Chegando ao final do mês com a campanha Fevereiro Roxo, abordaremos um pouco da contribuição de uma equipe multidisciplinar para proporcionar conforto aos indivíduos acometidos por tais doenças crônicas.
O Gerenciamento do cuidado para idosos acometidos por doenças crônicas incapacitantes
Quando um indivíduo idoso se torna dependente de cuidados de terceiros, em decorrência de doenças que podem culminar com a perda da capacidade funcional e/ou cognitiva, a família tende a se desequilibrar um pouco.
Não é fácil conviver com situações novas, permeadas por condições estressantes, geradas pela falta de conhecimento e de habilidades para lidar com os problemas que gradativamente se instalam na dinâmica familiar.
Um olhar ampliado obtido a partir de uma avaliação gerontológica, ajuda na elaboração do plano de cuidados, da organização da rotina, e na definição sobre quais profissionais são necessários, e em que momento entram ou saem do círculo do cuidado conforme a evolução da doença.
O gerenciamento do cuidado ajudará família e os profissionais na elaboração de estratégias conforme o prognóstico de cada situação. Além disso, nos permiti prevenir problemas futuros que, via de regra, surpreendem as famílias de idosos com dependência.
Um gerenciamento bem executado, através de um monitoramento sistemático, ajuda a família a otimizar seus recursos, reduzir o estresse causado pela sobrecarga, e facilita sobremaneira a rotina e convivência familiar. Isto, com certeza, produz a continuidade do cuidado.
Maria Angélica Sanchez – Formação em Serviço Social com pós-graduação em Planejamento e Saúde do Idoso pela ENSP/Fiocruz. Especialista em Gerontologia titulada pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Mestre e Doutora em Ciências pela FCM/UERJ. Atua com famílias no gerenciamento do cuidado.
Contribuição da Psicoterapia nos casos de demência
Parte do trabalho em psicoterapia em casos de demências envolve avaliação do estresse e sobrecarga do cuidador, seja ele formal ou um familiar responsável pelos cuidados. Também envolve a prestação de suporte na dinâmica domiciliar, e pra as pessoas que participam do cotidiano do idoso.
Em um sentido mais amplo do cuidado, podemos pensar na intervenção gerontológica multidisciplinar, trabalhando junto aos familiares a viabilização de outros profissionais que promovam adaptações para tornar o ambiente mais amigável e seguro para o idoso.
Uma das formas de se pensar uma atuação diferenciada para o contexto de perdas cognitivas será através da sugestão de atividades para o dia a dia buscando, por exemplo, maior estimulação.
Desta forma, o treino de estratégias com os cuidadores diminuirá o número de conflitos, confrontos e estresse.
Entender que em boa parte dos casos a memória de curto prazo está alterada é importante, e que a memória emocional pode ser um grande instrumento de mudança nas relações. Ter boas experiências, com alegria, afeto e riso pode facilitar muito e dirimir conflitos para alimentação ou banho, por exemplo.
Em resumo, o trabalho específico do psicólogo pode ser relativamente bem conhecido, contudo os diferencias que uma visão gerontológica pode trazer para que os desfechos sejam positivos é o que a Geriatre vem trazendo em seu DNA.
Wallace Hetmaneké psicólogo com Pós-graduação em Geriatria e Gerontologia pela FCM/UERJ e treinamento profissional em psicologia gerontológica no Serviço de Geriatria Professor Mario Sayeg – UERJ. É especialista em Gerontologia titulado pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.
Contribuição da Psicoterapia nos quadros de fibromialgia e Lúpus
A base da psicoterapia para pessoas acometidas por fibromialgia e por lúpus é o acolhimento através da escuta para as manifestações do sofrimento emocional causada pelas limitações dessas doenças.
Limitações impostas pelos desgastes à saúde física e emocional, como o isolamento social, a baixa estima, tristeza, irritabilidade, ansiedade, alteração da imagem corporal, alterações de sono e do uso de medicamentos, podem afetar o sistema nervoso central.
As mudanças significativas na rotina de vida diária e nas atividades laborativas podem causar estresses diários e podem acentuar a vulnerabilidade para lidar com as situações adversas.
No tratamento psicoterápico conduzimos a pessoa a buscar um novo sentido para sua situação, revendo seus valores, objetivos e definindo prioridades frente a sua nova condição.
Liliane Rapozoé psicóloga (CRP: 05/37608) com Pós-graduação em Geriatria e Gerontologia pela FCM/UERJ e em neuropsicologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro.
Contribuições da nutrição
Aliada ao tratamento de qualquer doença, a nutrição pode ser um meio de proporcionar conforto para quem precisa. Ter um estilo de vida saudável pode contribuir para melhora na qualidade em qualquer fase do ciclo de vida.
Ainda que não haja recomendações específicas relacionadas com a alimentação para tais doenças, é sabido que podemos tratar os sintomas que aparecem, e dessa forma ter um ganho subjacente.
Comer é um dos grandes prazeres do homem e isso não deve mudar, mesmo diante de um quadro difícil, dessa forma podemos usar nossa relação com a comida para termos esse prazer e, consequentemente, um bem estar emocional, assim como utilizar os pratos como presentes e formas de se relacionar com um ente querido.
É importante descobrir o que o corpo precisa!
E lembre-se: é necessário entender que os efeitos dos alimentos no organismo variam de pessoa para pessoa. Por isso, buscar um acompanhamento especializado para ter melhores resultados é fundamental. O nutricionista vai elaborar um plano personalizado a partir dos resultados de seus exames e da avalição clínica.
Tainah Canárioé nutricionista com Pós-graduação em Geriatria e Gerontologia pela FCM/UERJ
Contribuições na fonoaudiologia nos casos de fibromialgia
Dentre nos inúmeros agravos causados pela doença, destaca-se a articulação travada e a disfonia psicogênica.
Articulação travada – a dor e a dificuldade consequente para a realização do movimento, impedem uma adequada movimentação. E a fonoaudiologia se faz presente para minimizar tanto a dor quanto para auxiliar no processo de movimentação da musculatura orofacial.
Disfonia psicogênica – alteração vocal de característica psicológica, esta disfonia necessita de atenção conjunta da fonoaudiologia e psicologia. Potencializando a retomada de um padrão vocal adequado e confortável ao paciente.
Contribuições na fonoaudiologia nos casos de lúpus
As complicações causadas por lúpus também são inúmeras. Dores articulares, inchaço e rigidez muscular culminam em alterações na movimentação da musculatura orofacial, semelhantes às descritas na Fibromialgia. Etiologias diferentes, com abordagens terapêuticas fonoaudiológicas bem próximas. O aparecimento de lesões na boca, precisa ser acompanhado de perto por equipe multidisciplinar, com foco na prevenção de uma disfagia mecânica (alteração de deglutição em consequência de acometimento de estruturas fundamentais envolvidas no processo).
Contribuições na fonoaudiologia nos casos de doença de Alzheimer
É extremamente difundida a atuação da fonoaudiologia na doença de Alzheimer. A atuação vai desde as fases iniciais com atividades conjuntas à Neuropsicologia e com foco no desacelerar da degradação neurológica que impacta o aspecto cognitivo; e finda com o paciente já em fase avançada com agravos deglutitórios severos.
Adriane Gamaé fonoaudióloga (Crefono 9531RJ) com Pós-graduação em Geriatria e Gerontologia pela FCM/UERJ e treinamento profissional em fonoaudiologia gerontológica no Serviço de Geriatria Professor Mario Sayeg – UERJ. Mestranda em ciências no Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas da UERJ.
Contribuições da fisioterapia nos quadros de fibromialgia
O tratamento fisioterapêutico tem como objetivos principais: minimizar o quadro álgico agindo nas partes mais doloridas (tender points), restaurar amplitude de movimento, regular e fortalecer tônus muscular, melhorar as funções cardíacas e respiratórias, além de promover a reeducação postural.
Contribuições da fisioterapia nos quadros de doença de Alzheimer
Sabe-se que a prática de atividade física leva a uma melhora das habilidades motoras, da qualidade do sono, da circulação sanguínea e previne algumas lesões ortopédicas, além do treino aeróbico que otimiza as funções mentais.
Assim o tratamento fisioterapêutico passa a ter grande valia para retardar a progressão das perdas motoras, evitar encurtamentos e deformidades e, consequentemente, incentivar a independência do idoso.
Contribuições da fisioterapia para pacientes portadores de lúpus eritematoso sistêmico.
A fisioterapia baseada na cinesioterapia pode ser eficaz na diminuição da dor, no aumento da força muscular, aperfeiçoamento da capacidade funcional, gerando assim, melhora na qualidade de vida.
Maria Fernanda Vianna é Fisioterapeuta (Crefito- 195767-F) com Pós-graduação em Geriatria e Gerontologia pela FCM/UERJ e treinamento profissional em fisioterapia gerontológica pelo Serviço de Geriatria Prof. Mario A. Sayeg – UERJ
Contribuição da acupuntura nos casos de fibromialgia
A cada dia que passa nossa sociedade exige mais de nós, tornando nossos dias mais agitados e estressados e com mais raiva do que deveríamos e do que nosso corpo é capaz de suportar.
Toda essa agitação, exige do nosso corpo muita energia, que é desgastada de diversas formas, gerando assim dores crônicas, principal sintoma da Fibromialgia.
Isso significa que a maior parte da energia e do sangue que deveriam estar circulando pelo corpo fazendo a manutenção das funções ficará parada deixando os músculos desnutridos e por consequência tensos.
A Medicina Chinesa explica as doenças psicossomáticas, onde um problema emocional gera dores incapacitantes exatamente como acontece na Fibromialgia.
O estresse emocional e a raiva, geram a dor crônica incapacitante. É recomendado que portadores de Fibromialgia façam acupuntura para corrigir os problemas de circulação e controle do estresse.
Vanusa Constenaro é fisioterapeuta e acupunturista
A campanha fevereiro roxo chama a atenção para três doenças crônicas cuja cura ainda é desconhecida para a medicina: a doença de Alzheimer, a fibromialgia, e o lúpus. Uma data criada em 2014 – Uberlândia- MG com o lema: “se não houver cura, que ao menos haja conforto, para despertar a conscientização sobre a melhor forma de lidar com essas doenças crônicas.
O objetivo é dar visibilidade às doenças e a seus sintomas, para incentivar aqueles que suspeitam de algum problema a procurem por um diagnóstico o mais rápido possível.
A partir do diagnóstico precoce é possível destinar importantes orientações tanto para o indivíduo acometido pelo problema quanto para a família.
Abaixo algumas informações sobre as patologias que acometem um número significativos de indivíduos, sobretudo os idosos.
Doença de Alzheimer
A doença de Alzheimer afeta as células do cérebro o que leva a interrupção das atividades desenvolvida pela área afetada, causando alterações no funcionamento físico, emocional e cognitivo do indivíduo acometido pela doença.
Nos estágios iniciais podem ser observadas alterações sutis na memória, no processo de aprendizagem (pequenos esquecimentos e dificuldade em aprender algo novo), no pensamento e no planejamento (dificuldade em responder a perguntas e organizar sua rotina diária)
Nos estágios mais avançados as dificuldades ficam mais evidentes, causando confusão mental, desorientação e incapacidade de realizar atividades laborais e funcionais. Com o agravamento da doença os pacientes ainda podem ter alterações de humor e de comportamento, como irritabilidade, agressividade, alterações de personalidade e depressão.
O diagnóstico da doença de Alzheimer é realizado através de analise clínica, funcional e bioquímica, de exames neuropsicológicos, de exames laboratoriais, e de exames de imagem.
Os primeiros sintomas, muitas vezes, são percebidos com pequenos esquecimentos, desorientação e declínio funcional.
Apesar de ser uma doença irreversível até o momento. O diagnóstico precoce é fundamental para postergar a perda da capacidade funcional, para orientar a família quanto ao prognóstico e para planejar as tomadas de decisões futuras.
Acesse o link abaixo para maiores informações sobre doença de Alzheimer
A fibromialgia é uma síndrome que se manifesta no corpo todo causando dores focais ou generalizadas, resultando em graves consequências físicas e emocionais. Indivíduos com Fibromialgia relatam insônia, irritabilidade, cansaço excessivo e sintomas depressivos.
O diagnóstico é clínico, geralmente realizado por um Reumatologista.
Os sintomas principais são: Dores no corpo todo por mais de três meses e presença de pontos dolorosos na musculatura.
Com a qualidade do sono interrompida decorrente das dores intensas o nível de cansaço aumenta, a pessoa acorda muito cansada aumentando assim a fadiga e as dores musculares.
Outro fator importante a ser levado em consideração com pessoas que tenham Fibromialgia são as alterações cognitivas e emocionais relatadas, já que a fibromialgia é uma alteração do sistema nervoso central, causando desgaste físico e emocional. Há relatos de pessoas com perda de memória e atenção e que tenham o diagnóstico.
Estas alterações decorrem do fato da pessoa se sentir incapaz de manter sua vida normalmente. As dores sentidas causam desanimo, facilitando o surgimento de sintomas depressivos e de alterações cognitivas
Acesse o link abaixo para maiores informações sobre fibromialgia
Lúpus Eritematoso Sistêmico – LES
Conforme informações da Sociedade Brasileira de Reumatologia, o lúpus é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune, cujos sintomas podem surgir em diversos órgãos de forma lenta e progressiva(meses), ou mais rapidamente(em semanas)
Tais sintomas variam com fases de atividade e de remissão.
Esta patologia se manifesta de duas maneiras: Cutâneo: quando aparecem manchas na pele (geralmente avermelhadas ou eritematosas). Sistêmico: quando um ou mais órgãos internos são acometidos.
Sintomas Gerais: febre, emagrecimento, perda de apetite, fraqueza e desânimo.
O diagnóstico é concluído pelo médico após o reconhecimento de um ou mais sintomas.
Exames de sangue e de urina são úteis não só para o diagnóstico da doença, mas também são muito importantes para definir se há atividades do LES
Acesse o link abaixo para baixar a cartilha informativa sobre Lúpus
A acupuntura é uma técnica chinesa, que proporciona muitos benefícios ao longo da vida. Trata-se de um procedimento que consiste na aplicação de agulhas em determinados pontos do corpo. No entanto, é um tratamento que deve ser realizado de forma correta com profissionais devidamente qualificados e habilitados.
Aqui abordamos os benefícios da acupuntura para idosos com Artrose
Aproximadamente 70% dos indivíduos acima de 70 anos, têm evidência de artrose, mas somente metade desenvolve seus sintomas.
Os principais sintomas são: DOR, fraqueza nos membros, rigidez, formigamento em membros inferiores, espasmo, atrofia muscular e limitação do movimento, podendo levar a perda total dos movimentos.
Para a Medicina Chinesa a artrose ocorre devido a invasão de fatores patogênicos que geram o bloqueio o QI (energia) e XUE (sangue) nos canais energéticos.
A principal função do rim é guardar a essência pré-natal (Jing) proveniente dos pais e dos antepassados. O rim também é responsável pelo crescimento, reprodução, desenvolvimento, formação óssea e dentaria, produção da matriz medular, formação da massa encefálica.
De acordo com os cinco elementos, o rim governa a água e controla os ossos, ou seja, qualquer desequilíbrio energético envolvendo este elemento pode levar a um prejuízo da integridade óssea.
Outra relação patológica importante envolvendo a energia do rim está relacionada à cronicidade das doenças, uma vez que, quase sempre ele é afetado quando existem doenças crônicas.
A acupuntura é um excelente recurso da medicina chinesa para aliviar esse tipo de dor, principalmente porque é uma técnica que nutre os músculos, fortalece os ossos e relaxa a musculatura.
Segundo a OMS, dores músculo esqueléticas possuem melhoras entre 65 a 99% com o uso da acupuntura.
Nestes casos, o agulhamento é a técnica mais eficaz. Mas também podemos utilizar: stiper, magnetos, cristais radiônicos, massagem e moxa. O método escolhido irá depender da avaliação e adaptação do paciente.
Texto Vanusa Costenaro acupunturista da equipe Geriatre
Para agendar sua consulta envie mensagem para (21)99660-0117
O aumento da expectativa de vida cerca de 30 anos é de fato uma conquista, mas como vamos viver estes anos adicionais de vida? Sendo o envelhecimento caracterizado por alterações biológicas previsíveis é comum que ao viver mais também aumente a exposição do organismo. A revolução da longevidade também apresenta um tempo de vida maior convivendo com doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, depressão, quedas e fragilidade.
A prática regular de exercício físico ganha, cada vez mais, destaque para a promoção de um envelhecimento saudável. Para os idosos é uma estratégia eficaz para a manutenção da capacidade funcional.
O exercício físico tem sido reconhecido como uma polipílula, isso porque está disponível a baixo custo e se mostra relativamente livre de efeitos adversos. É um fator determinante para redução de riscos cardiovasculares e mortalidade por todas as causas.
É preciso saber que atividade física é diferente de exercício físico. O primeiro se caracteriza como todo e qualquer movimento que aumente a frequência cardíaca acima da basal, ou seja, aquela necessária para manter o indivíduo em repouso. Já o exercício físico é programado e sistematizado para um objetivo, focando nas aptidões físicas necesárias para uma vida com autonomia e independência. Como exemplo podemos citar que varrer a casa é diferente de uma caminhada. Portanto, é de extrema importância que o exercício fisico seja orientado por um profissional de Educação Física.
A forma como essa prescrição acontece faz toda diferença, sendo o profissional de educação física fundamental para a prescrição e acompanhamento do treinamento, garantindo um resultado positivo e seguro, com periodização, sobrecarga progressiva, especificidade e individualidade.
Este profissional contribuirá para que o idoso se adeque e colha os benefícios mesmo que tenha sido sedentário durante toda vida. Através de uma avaliação multidimensional e a adaptação dos movimentos de forma progressiva garantimos a potencialização dos benefícios biopsicossocias desta prática. O exercício bem orientado, é, portanto, uma importante estratégia para envelhecer bem.
Talita Cezareti
Profissional de Educação Física – CREF 29697-RJ
Especialização em Geriatria e Gerontologia pela UERJ
Mestranda em Ciências Cardiovasculares no Instituto Nacional de Cardiologia
Membro da Comissão Científica de Educação Física da Sociedade de Cardiologia do Rio de Janeiro (SOCERJ)
A Organização Mundial de Saúde alerta que o Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas do mundo e o segundo em pessoas depressivas. No entanto, grande parte não busca tratamento. A psicóloga clínica Roberta Castelo Branco ressalta que, infelizmente, ainda existem tabus quando o assunto é saúde mental. (Leia a matéria na íntegra clicando no link ao final do texto).
Pensando em chamar a atenção para o tema, em 2014, o psicólogo mineiro Leonardo Abrahão da cidade de Uberlândia (MG) criou a campanha no sentido de convidar a todos para uma reflexão sobre as suas vidas. Um momento para repensarem a qualidade de seus relacionamentos e sobre o real sentido de suas vidas. Não sendo por acaso o primeiro mês do ano, o momento propício para isso.
Geralmente, o último dia do ano é destinado aos projetos. Desta forma, muitos iniciam o ano com muitas expectativas de realização de seus projetos. Janeiro Branco foca nas reflexões sobre o que queremos para a nossa vida. Aquele momento de olhar para dentro de nós e entrarmos em contato com o que somos e como lidamos com as nossas emoções. Nada mais é do que um convite para iniciar um novo ano com saúde emocional.
Podemos dizer que 8ª edição da campanha vem no momento muito especial. Não é por acaso que o lema é “Todo cuidado conta”. O ano de 2020 foi diferente de tudo que já havíamos visto ou vivido. Foi um ano pesado. Permeado de incertezas. Nos deparamos com muitas novidades. Junto à velocidade da ciência, nos deparamos com o negacionismo, com a falta de empatia e até com a falta de respeito com o outro.
Não obstante o descaso de muitos, grande parte do mundo passou o ano de 2020 distante de seus entes queridos, de abraços, de confraternizações, de passeios, de alegrias. Sem contar aqueles que perderem pessoas amadas para o inimigo invisível.
Sem dúvida, a saúde mental nunca precisou tanto de atenção quanto nesse momento.
Cuidemos de nossa saúde mental. E… parafraseando Belchior lembremo-nos: “Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro”
Envelhecer é um processo biológico natural e normal na vida de todos os seres vivos. É um processo silencioso, inevitável e progressivo. A ciência vem se esforçando para entender esse mecanismo. Todos envelhecemos de forma singular. (Cançado, Alanis e horta, Cap.18, pág.197)
Trabalhar com ações voltadas para a saúde mental de pessoas que envelhecem não é uma tarefa fácil. Muitos idosos nunca tiveram a oportunidade de estar com profissionais especializados na área do envelhecimento, e outros apresentam muita resistência em realizar esse acompanhamento por achar que “já estão velhos” e não precisam de tanto cuidado.
Porém, algumas mudanças psicológicas acontecem ao longo do envelhecimento, dentre elas temos em destaque quatro áreas centrais do funcionamento psicológico: Inteligência, memória, personalidade e bem-estar.
Com as mudanças biológicas no cérebro que ocorrem com o envelhecimento, há também alterações relacionadas aos fatores inerentes à inteligência como, por exemplo, a capacidade continuada de gerenciar atividades mais complexas do dia a dia. A alteração dos processos ligados à inteligência está diretamente ligada ao processo de envelhecimento cerebral.
Alguns estudos mostram que há um aumento de volume dos ventrículos e que há uma atrofia no tecido do cérebro em idosos que apresentam queda na inteligência. Perdas maiores e mais significativas são encontradas em massa branca, hipocampo e lobo frontal do cérebro. (Kramer, Fabiani e Colcombe, 2006) Kramer, A. F., Fabiani, M., & Colcombe, S. J. (2006). Contributions of Cognitive Neuroscience to the Understanding of Behavior and Aging. In J. E. Birren & K. W.
Com o envelhecimento, as queixas de dificuldades de memórias são cada vez mais ouvidas por profissionais especializados no cuidado ao idoso. “Estou ficando velho”, “esqueci onde coloquei os meus óculos”, “não me lembro onde coloquei a chave do meu carro”. Esses exemplos de esquecimentos são comuns na rotina do idoso e estimulam maior atenção às possíveis alterações.
Uma das tarefas dos profissionais que atuam com a saúde mental, sobretudo de pessoas idosas, é saber diferenciar as queixas relacionadas com a memória no processo envelhecimento normal das queixas relacionadas às possíveis patologias.
Um dos principais indicadores diferenciais são as queixas que interferem nas atividades diárias e impactam na funcionalidade do idoso, ou seja, se trazem prejuízos significativos para sua condição de independência.
Outra possível mudança com o envelhecimento diz respeito às condições de personalidade (mudanças de humor, apatia, tristeza, agressividade, irritabilidade e etc.). Pessoas que já apresentavam mudanças em sua condição de personalidade não costumam ter muitas mudanças, ou seja, permanecem com o mesmo padrão ou até evoluem negativamente.
Por outro lado, o envelhecimento pode vir acompanhado de alterações no âmbito físico, biológico, cognitivo, social e financeiro, o que pode influenciar nas alterações de personalidade pela falta de habilidade do indivíduo para lidar com tais mudanças.
Sentir que mantem o controle de sua vida pode auxiliar as pessoas a viverem melhor, frente às dificuldades que serão encontradas ao longo de seu envelhecimento. Idosos têm condições de se manterem ativos, mesmo com dificuldades, e precisam do apoio familiar e de acompanhamento com profissionais na área do envelhecimento para continuarem a se sentir vivos.
Fonte: Steven H. Zarit & Judy M. Zarit. Transtornos mentais em idosos: fundamentos da avaliação e tratamento, São Paulo, editora Roca, 2009.
Texto: Liliane Rapozo – Neuropsicóloga da Equipe Geriatre
No mês de janeiro se trabalha a conscientização para doenças mentais. Tema que ao longo dos anos sofreu profundas mudanças. Boa parte traduzida em desenvolvimento humano, tecnológico, medicamentoso e de estratégias de moradia, internação e ocupação do tempo.
Ainda acho que se atribui um senso de “doença” e “patologização” aos quadros clínicos simples ou ao que é diferente. Existe uma vasta literatura sobre o assunto, desde textos técnicos, “best sellers” e romances. O que traz muitas mudanças boas como, por exemplo, a redução do preconceito através de mais conhecimento e a proximidade com os temas.
Filmes incríveis ajudaram a colocar de vez o tema no cenário mundial e nas pautas de discussões, como: “Melhor impossível”, “TOC TOC”, “ O lado bom da vida”, dentre outros, e livros com recordes de vendas como do psiquiatra Irvin Yalom que lançou luz ao tema através de romances, com profundo conhecimento e prática clínica.
Chegando finalmente ao tema da saúde mental/emocional relacionada aos idosos, o que temos como cenário não é tão otimista ou positivo assim. Atualmente, o que se tem é um enorme grupo de idosos que, além de não terem tido acesso a formas adequadas de tratamento ao longo dos anos, não estão inseridos em projetos sociais e muitas vezes com acesso precário a renda e trabalho.
Com a intenção de propor um estilo coletivo melhor, do ponto de vista do trato com pessoas, sejam elas portadores de alguma síndrome, alteração ou transtorno ou não, proponho que caminhemos para um olhar social e coletivo menos crítico e mais amoroso. Aumentando a capacidade de se comunicar e fazer perguntas mais expandidas e ampliar a abertura pra se aproximar e conviver com o diferente.
Para além de políticas inclusivas, que tenhamos empatia e compaixão – palavras que estão na moda e que podem fazer muito bem quando utilizadas para se relacionar com outras pessoas.
Viva a diferença: que sou eu e o próximo!!!
Texto de Wallace Hetmanek – Psicólogo da Equipe Geriatre
Na avaliação neuropsicológica a finalidade é mapear as áreas do cérebro, realizando testes padronizados e específicos para investigação das queixais apresentadas pelo paciente ou familiar.
Isso permitirá ao profissional uma ampla visão sobre o funcionamento cognitivo e emocional, auxiliando o médico assistente em seu diagnóstico diferencial
Ademais, é possível estabelecer junto com a equipe um plano de conduta terapêutica para acompanhar a evolução do quadro após diagnostico.
O exame neuropsicológico é um dos critérios do DSM V para o diagnóstico da síndrome demencial, sendo indicado em diferentes situações clínicas. Geralmente, é requisitado pelo médico para contribuir na investigação de um diagnóstico clínico ou traçar um perfil cognitivo quando já existir um diagnóstico fechado.
A avaliação neuropsicológica é indicada na investigação de casos de doença de Alzheimer, de déficit cognitivo associado a idade (CCL), de alterações cognitivas nos quadros de AVC, TCE, neuro-infecções, tumores cerebrais, distúrbios cognitivos associados ao uso abusivo de álcool e drogas e, alterações de cognição nos transtornos de humor como a depressão e a ansiedade. Além disso, colabora com diagnostico diferencial das demências.
Antes de se estabelecer o diagnóstico de síndrome demencial ou mesmo de declínio cognitivo leve é necessário se investigar outras possíveis causas para as alterações apresentadas tanto pelo paciente, quanto as queixas apresentadas pelo familiar
Alterações metabólicas podem intervir de forma negativa no desempenho cognitivo podendo constituir um falso positivo para o diagnóstico de síndrome demencial.
Dentre as causas metabólicas encontradas destacamos as alterações de vitamina B12, vitamina B1, ácido fólico, os hormônios T3 e T4, infecções urinárias e diabetes, que podem induzir ao quadro de perda cognitiva transitória.
Após a avaliação, algumas condutas podem ser realizadas pelo neuropsicólogo. Dentre elas, a orientação familiar, psico-educação e estimulação cognitiva para com o paciente.
Na estimulação cognitiva podem ser utilizados exercícios e atividades terapêuticas que buscam preservar o desempenho de domínios como: memória, atenção, raciocínio, funções executivas, entre outros. O foco deverá estar sempre preservação da autonomia funcional, das atividades de vida diária e da qualidade de vida.
No momento da orientação aos familiares buscamos entender o funcionamento diário e, orientamos quanto as possíveis dificuldades que podem surgir ao lidar com pacientes acometidos pela doença. Destinar suporte à família é fundamental.
Texto: Liliane Rapozo – Neuropsicóloga da Equipe Geriatre