Algumas considerações sobre o dia mundial da alimentação.
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura – FAO (sigla do inglês Food and Agriculture Organization) foi criada no dia 16 de outubro de 1945.
Ela é uma das agências das Nações Unidas que envida esforços para combater a pobreza e fomo no mundo, carregando o lema “fiat panis” , que em latim significa “haja pão”. Mas, ainda não alcançou a meta a que se propôs.
No dia 16 de outubro de 1981, foi lançado o dia mundial da alimentação. Esta é uma data comemorada em mais de 150 países atualmente, pois marca a importância da nutrição e alimentação dos povos. Ademais, tem um forte apelo para a erradicação da fome no mundo.
A campanha traz uma temática diferente a cada ano. A maioria dos temas gira em torno da agricultura, uma vez que, está sempre associada à produção e uso adequado dos alimentos. As Nações Unidas partem da premissa que somente investimentos em agricultura, educação e saúde formarão a tríade que será capaz de erradicar a fome e a nutrição de má qualidade no mundo. Por isso, tamanha relevância do tema.
No ano de 2021 a tônica é “Alimentos seguros agora para uma amanhã saudável “. Nunca foi tão importante se discutir sobre a qualidade de alimentação, visto que há uma forte discussão mundial para a melhoria da qualidade da alimentação dos povos. Leia o artigo Insegurança alimentar no Brasil segundo diferentes cenários sociodemográficos.
O triste retrato da insegurança alimentar
Infelizmente, passados tantos anos da chamada à conscientização através do dia mundial da alimentação, a insegurança alimentar ainda é intensa no mundo, uma vez que um triste cenário está instalado.
Dados nas Nações Unidas apontam que a fome, a desnutrição e e a obesidade aumentam aceleradamente. Além disso, os impactos econômicos em decorrência da pandemia da COVID-19 pioraram ainda mais a situação.
A pandemia deixou mais 140 milhões de pessoas sem acesso aos alimentos de que precisam. A Nações Unidas chamam a atenção para a maneira como produzimos, consumimos e desperdiçamos alimentos e o forte impacto que isso gera no planeta.
O tema deste ano deixa claro que o poder de mudar este triste cenário está nas nossas mãos. No dia 14 de outubro de 2021, António Guterres – Secretário-Geral Nações Unidas – apresentou um vídeo chamando a atenção de como nossas ações podem impactar o futuro.
No dia mundial da alimentação: um olhar especial à pessoa idosa
A população envelhecida vivencia uma triste realidade. o consumo alimentar de baixa qualidade é um fator de risco importante para o desenvolvimento da desnutrição. Além disso, outros problemas de saúde podem se associar fortemente com a desnutrição.
A avaliação de um indivíduo idoso deve ser norteada pelos princípios da avaliação funcional, visto que as doenças crônicas-degenerativas estão entre as mais prevalentes nesse ciclo de vida.
Não faz sentido a clássica avaliação clínica com foco apenas na doença. É preciso entender o indivíduo na sua totalidade, pois não se trata de um ser isolado de seu meio.
Uma pessoa idosa quando chega em qualquer espaço de atenção traz consigo um conjunto de problemas que, via de regra, interferem na sua condição de saúde ou no aparecimento de novas doenças.
Por isso, a avalição deve sempre estar pautada na participação efetiva das diversas categorias profissionais, ou seja, na prática multidisciplinar. Além disso, é o tipo de avaliação que permite uma visão global acerca do problema apresentado.
Envelhecer é aspiração máxima de toda nação. No entanto, é preciso envelhecer com qualidade positiva, mantendo a capacidade de realizar a maior parte das atividades de vida diária.
A medida que a idade avança, muitos problemas se instalam. Contudo, quando se realiza uma avaliação consistente, muitos problemas podem ser evitados. Ou, em última instância, quando já instalados podem ser reabilitados.
A avaliação funcional constitui um instrumento que fornecerá aos profissionais uma visão ampla. Por isso ela é capaz de sinalizar as condições que podem configurar potenciais riscos para quedas, repetidos episódios de de hospitalização, ou até levar o indivíduo ao óbito.
Objetivos da avaliação funcional no indivíduo idoso
O American College of Physycians (1991) elencou os seguintes objetivos
Detectar, identificar e quantificar a origem das doenças;
Fornecer uma medida de resultados das intervenções funcionais;
Orientar o tratamento e as intervenções;
Avaliar a necessidade de recursos comunitários;
Melhorar o prognóstico no curso das doenças crônicas.
É nesta direção que todo gestor deve caminhar para alcançar ótimas práticas
O que há de interessante na estrutura de avaliação funcional?
É uma avaliação realizada em blocos. Isto permite a estratificação dos problemas por ordem de complexidade. A maioria dos testes é domínio público. Ademais, os testes são rápidos, de fácil aplicação e podem ser utilizados, por diversos profissionais da saúde, desde que treinados.
Vários ambientes podem se valer da utilização da avaliação funcional. Pois, será um facilitador no momento de implementar o plano terapêutico personalizado e adaptado às peculiaridades do idoso. E por essa razão, as unidades de atenção básica, os hospitais de doentes crônicos, os ambulatórios e as instituições de longa permanência para idosos (ILPIs), terão ganhos significativos ao escolher esta modalidade de avaliação.
A avaliação funcional é uma parte significativa na avaliação geriátrica ampla. Apresenta uma grande vantagem em vários espaços de atenção.
É uma modalidade de avaliação que pode impactar na otimização dos recursos humanos existentes, visto que o gestor pode designar uma ou duas pessoas, que após treinamento, ficam responsáveis pela realização de uma triagem funcional breve.
Após os resultados da avaliação funcional será mais fácil encaminhar para o profissional específico para o que o mesmo complete a avaliação dentro de sua área de conhecimento e proceda ao processo de reabilitação. Além disso, o processo permite avaliar o sucesso do tratamento proposto, uma vez que será possível, a partir se sucessivas reavaliações comparar os ganhos após a conduta iniciada.
Quem se beneficia com a avaliação funcional: idoso ou gestor?
Sem dúvida ambos se beneficiam! A pessoa idosa porque mantém a sua autonomia preservada e a gestor porque evita gastos desnecessários com residentes portadores de múltiplas patologias. O diferencial de realizar uma avaliação adequada propiciará o diferencial da qualidade do serviço oferecido.
Não se concebe falar em prática multidisciplinar com a população que envelhece sem citar a britânica Marjory Warren. Uma das primeiras geriatras do Reino Unido. Por isso, muitos a chamam de mãe da geriatria.
Warren, na década de 1930, observando leitos de um hospital com veteranos de guerra estabeleceu um modelo de atuação voltado para a reabilitação. Assim sendo, seu foco foi a assistência multidisciplinar.
Escreveu importantes artigos chamando a atenção para a especialidade da geriatria e delineou princípios para a melhoria da atenção ao paciente idoso. Warren nunca perdeu de vista o foco na prática das diversas atuações profissionais. Ademais, ela defendeu vigorosamente uma abordagem de equipe para a realização e cuidados integrados que incluíam além do indivíduo em acompanhamento, a sua família e os amigos. Considerando todos como parceiros no tratamento.
Dentre os diversos argumentos de Warren destacamos o foco na prática multidisciplinar para que houvesse um olhar para além de uma avalição clínica. Partindo desta premissa, travou algumas discussões para mostrar que questões ambientais, sociais e funcionais impactavam sobremaneira as condições de saúde do indivíduo. Warren também ressaltou a importância da especialização para os profissionais que assumiam em sua prática a assistência ao idoso
Warren trouxe diversos argumentos reforçando que o olhar aos adultos mais velhos deveria ser distinto do olhar destinado aos indivíduos jovens. Por isso seria necessário levar em consideração as suas necessidades e valores individuais. Se importou em categorizar a atenção com base na cognição, mobilidade, continência, entre outros aspectos funcionais que regem a vida do ser humano. O que tanto definimos como avaliação da capacidade funcional.
A importância da prática multidisciplinar no resgate ou manutenção capacidade funcional
A manutenção da capacidade funcional está associada ao bom desempenho das atividades de vida diária; sejam elas básicas, instrumentais ou avançadas. Ver mais sobre capacidade funcional
A perda da capacidade funcional pode trazer implicações tanto para o indivíduo que envelhece, quanto para sua família e comunidade de forma geral. Indivíduos com incapacidade têm maiores chances de sofrer com repetidas internações hospitalares, sofrerem mais episódios de quedas, e se tornarem mais dependentes dos serviços de terceiros, entre outros fatores associados. Além disso, o impacto no sistema de saúde é grande. Por isso, é fundamental estar apto para avaliar a capacidade funcional de indivíduos idosos, identificando os indicadores de maior vulnerabilidade. Desta forma, será viável a realização de um tratamento adequado. Totalmente voltado para a reabilitação.
O legado que Warren nos deixa é a a importância da educação continuada. Para a realização de uma assistência de excelência é fundamental atualizar-se, conhecer com profundidade as peculiaridades do sujeito alvo de cuidados. Seguidamente nos deixa como herança os princípios da prática multidisciplinar. A assistência ao idoso não é possível acontecer de forma isolada. Além disso, é imprescindível ter acesso e conhecimento sobre as diversas áreas profissionais com seus objetivos
Referências
Philip D. St. John, MD, FRCPC, and David B. Hogan, MD, FACP, FRCPC. The Relevance of Marjory Warren’s Writings Today. The Gerontologist Cite journal as: The Gerontologist Vol. 54, No. 1, 21–29
A violência contra a pessoa idosa é um dos maiores problemas (in)visíveis aos olhos da sociedade.
É um fenômeno mundial que se dissemina nas mais variadas formas. Muitas vezes disfarçadas e, por isso, acabam por banalizar tão sério problema capaz de produzir efeitos deletérios no ser humano.
O tema é bem relevante, mas ainda caminha-se lentamente para a uma reflexão mais contextual da questão. Isto porque a viabilização das políticas públicas e o enfrentamento da situação com rigor e seriedade, constitui um dos maiores desafios nos dias atuais.
A violência não é um assunto novo, contudo ainda é uma temática pouco valorizada. Ela faz parte da existência humana.
A violência interpessoal é uma importante questão social e um relevante problema de saúde pública que afeta sobremaneira os indivíduos envolvidos na situação. Por isso, é tão importante um olhar atento.
É uma problemática observada em vários países, independentemente da situação econômica. Teoricamente, o lar se apresenta como espaço de proteção. Contudo, esse é o local onde os episódios acontecem com maior frequência.
A despeito da violência ser vivenciada no mundo inteiro, nos países em desenvolvimento a situação é de maior gravidade. No entanto, o maior agravante é o temor que os idosos têm de denunciar os maus-tratos cometidos pela família, amigos ou autoridades, porque falta uma estrutura que possa ampará-los
Tipologia da violência
Geralmente a violência se apresenta nas mais variadas formas como o abuso físico, psicológico, financeiro, sexual, o abandono, a negligência e a auto negligência.
Violência física
O abuso físico é o tipo de violência visível. Essa, geralmente, é a que mais causa indignação e por isso, às vezes, é destaque na mídia. Porém, muitos casos não são notificados
As formas mais comuns desse ato são os empurrões, beliscões, arremesso de objetos, tapas e até o uso de facas ou armas de fogo. Geralmente, os principais perpetradores. são os familiares. Mas, Alguns episódios também ocorrem em Instituições.
Violência psicológica
O abuso psicológico é uma das formas mais difíceis de se identificar, visto que pode acontecer repetidas vezes sem que qualquer pessoa enxergue ou ouça, pois é facilmente camuflada. Está relacionado à forma perversa de um indivíduo lidar com o outro.
Os atos mais comuns são o desprezo, menosprezo, e a discriminação. Sua prática pode produzir efeitos deletérios com consequências drásticas, que vão desde o aparecimento de sintomas depressivos até o suicídio consumado. É uma das causas mais denunciadas. ao Disque 100.
Violência financeira
O abuso financeiro é uma forma comum de violência. Este tipo de violência é observada quando algum indivíduo se apropria indevidamente dos bens dos idosos, sobretudo aqueles vulneráveis. Na maioria das vezes começa a acontecer com a anuência do idoso; entretanto, a situação tende a perder o controle. Sendo identificada somente quando os recursos dos idosos já estão completamente comprometidos.
Violência sexual
No que tange à violência sexual, os registros são ínfimos. Porém, é um dos tipos de violência que as pessoas não imaginam acontecer e, certamente, os casos são subnotificados. Pode acontecer no domicílio do idoso e existem também ocorrência nas instituições geriátricas. Geralmente, as vítimas são as mulheres acamadas ou com comprometimento cognitivo. Os atos cometidos vão desde os beijos forçados até o estupro.
Abandono
O abandono é também um dos tipos de violência mais perceptíveis. O abandono se configura pelo descaso. Muitos idosos são largados à própria sorte em seus domicílios. Até as ruas já começam a se transformar em lugar comum. O abandono e a negligência, de certa forma, são atos que se sobrepõem, uma vez que o abandono também pode ser considerado um ato de negligência.
Negligência
A negligência está diretamente relacionada à omissão de socorro e a ausência do cuidado. Os atos negligentes ocorrem quando se deixa o indivíduo sem alimentação e medicações, assim como deixar sua higiene pessoal precária.
Enfim, tudo o que esteja relacionado à falta de atenção e que possa ocasionar prejuízos. É um tipo de violência muito comum tanto no domicílio do idoso, quanto em instituições.
O Estado, quando deixa de cumprir o seu papel de rede de proteção também perpetra violência contra os cidadãos idosos.
No Brasil, há um importante marco regulatório sobre os direitos da pessoa idosa. Entretanto, via de regra, o Estado é omisso.
Autonegligência
No caso da autonegligência se faz importante um olhar minucioso, pois esta consiste no fato do indivíduo negar-se a realizar determinado procedimento como, por exemplo, alimentar-se, medicar-se ou se cuidar. Tratando-se de um caso onde não é outra pessoa que maltrata, mas sim a própria pessoa que comete atos de violência contra si própria.
A autonegligência pode estar associada a outras situações de violência que podem ocasionar sintomas depressivos e processos autodestrutivos. Portanto, considera-se autonegligência quando se trata de indivíduo sem perda cognitiva e capaz de responder por seus atos
Atenção aos sinas da violência
A perpetração da violência conta a pessoa idosa é um ato mais comum do que se pode imaginar. Todavia, ainda merece muita atenção. Por isso, ficar atento aos sinais e sintomas é a melhor prevenção ao ato.
Atraso para procurar assistência médica
É muito importe que o profissional avalie se houve demora proposital para buscar atendimento, pois isso pode configurar negligência.
Relato do da ocorrência de acidentes
É imprescindível, na presença de hematomas, fraturas ou lacerações que a história relatada seja compatível com o exame realizado, pois as explicações não plausíveis, inadequadas ou vagas podem fornecer indícios da prática de maus-tratos.
Importante também estar atento à perda de peso ou desnutrição, baixa adesão ao tratamento. Ademais, o estado geral precário da pessoa em avaliação pode ser um indicativo de abandono e negligência.
Texto: Maria Angélica Sanchez – O conteúdo completo pode ser obtido em SANCHEZ, MAS; FRIAS, SR. Violência contra a pessoa idosa. In: Daniel Kitner; Omar Jaluul. (Org.). Programa de Atualização em Geriatria e Gerontologia. 1ªed.Porto Alegre: Artmed Panamericana, 2015, v. 3, p. 9-54.
Outras informações sobre violência podem ser acessadas em SANCHEZ, MAS; PAIXAO JUNIOR, CM. Violência interpessoal. In: Lourenço RA; Sanchez MAS; Paixão Jurnior CM. (Org.). Rotinas Hospitalares – Hospital Pedro Ernesto. 1ed.Rio de Janeiro: Triunfo, 2018, v. VI, p. 392-400. Acessando o link abaixo você tem acesso aos dois volumes dos livro.
Pensar na própria saúde pode ser o tema mais abrangente entre os humanos. Talvez porque seja até indissociável da existência.
O ser humano consegue raciocinar e criar lógica entre as coisas porque para se manter vivo é preciso cuidar de si: se eu me cuido bem, eu vivo bem. Se eu me cuido mal, eu tenho dores e doenças.
O que eu devo fazer para me cuidar e viver bem? Isso parece ser uma conversa natural entre o indivíduo e a sua consciência, visto que recorrentemente no vem a mente.
Desde que nós nascemos buscamos, acima de tudo, garantir a nossa própria sobrevivência porque é necessário para ter a possibilidade de continuar evoluindo.
Mudanças ao longo do tempo
Foram muitos avanços acerca da saúde e do funcionamento humano ao longo da história. Inúmeros campos científicos como a psicologia e a nutrição. Além disso, as experiências de vida como: o nascimento, a morte, a doença, as dores, além dos aspectos espirituais e religiosos usados por aqueles que acreditam.
Avançamos em assuntos sociais como o bullying, preconceitos e assédios. Avançamos também no entendimento sobre o fundo emocional, afora os ramos de educação física e esportes entre tantos outros. Tudo isso, a princípio, relacionado com as melhores práticas de saúde, e visando nosso bem-estar.
Mas, com tanta informação e opções em nosso íntimo, será que nós sabemos cuidar da nossa própria saúde?
Será que confiamos e concordamos com os tratamentos de saúde que nos submetemos quando nos pegamos aflitos com alguma dor, doença, tristeza, medo ou ansiedade?
Introdução à Performance da Saúde
Ao longo da história da humanidade, comumente eram reconhecidos os curandeiro, o doutor, o xamã, o padre ou o terapeuta, etc., pois representavam a figura daquele que curava os males e dores.
Atualmente é melhor personificado na cultura ocidental no papel de médico porque é aquele que dedica a vida para salvar e curar pessoas por meio de algum conhecimento, ritual ou ferramenta.
Este profissional sempre teve sua importância e reconhecimento por causa de sua colaboração para evolução e sobrevivência das populações e sociedades.
Dois tipos de abordagem estão contidos na relação com a saúde: uma para o entendimento e controle da doença e outra para a busca e obtenção da cura. Ambas com muito mais aspectos em comum do que dissociativos.
A doença e a cura compõem dois ativos que ocuparam e afligiram as mentes curiosas de nossos médicos, curandeiros, cientistas e indivíduos, por todas as gerações.
O cuidado do ser humano com sua própria saúde é inquestionável e primitivo, afirmando sua posição central e estrutural no plano de vida de qualquer pessoa. Por isso, este é um tema que vale ser revisto e repensado.
Introdução à AUTOCURA
Pensando no contexto de uma saúde perfeita e todo cuidado e sutileza que o nosso organismo requer, representar uma performance para a saúde individual passará necessariamente pela ideia de autocura.
Ou seja, a própria pessoa é portadora da sensibilidade e consciência acerca daquilo que acontece, que transforma dentro de si.
Shiatsu -Terapia de Equilíbrio Energético
A arte da cura pelo toque é tão velha quanto o homem, pois instintivamente ele tocou as partes doloridas de seu corpo, para aliviar dores sintomáticas [SHI].
O Shiatsu é uma prática oriunda da medicina tradicional chinesa, que executa o toque e a troca de energia através das mãos. A técnica tem como base a pressão do terapeuta contra o corpo do paciente.
Esse movimento permite que o fluxo energético não fique bloqueado, porque solta os pontos de tensão, e ajuda no movimento o corpo (apertando, massageando, esquentando, etc. ). Isso permite o equilíbrio dos pontos de tensão e diminui o desconforto no corpo.
O toque tem o objetivo de atuar nos campos energéticos do corpo, pois desbloqueando pontos de energia obstruídos, colabora com o correto funcionamento do organismo.
“Quíron” é o nome utilizado para o método de Shiatsu completo, porque atua sobre todos os meridianos e corpo todo. As sessões têm uma duração média de uma hora. Entretanto, existem variações dependendo da escolha sobre a ordem e pontos estimulados. Porém, seus efeitos sob todas as hipóteses promovem o relaxamento muscular, o desbloqueio energético e a identificação de pontos bloqueados, que ajudam na compreensão da saúde como um todo.
O Ritual – Shiatsu
Uma sessão de Shiatsu começa bem antes do contato físico, porque o terapeuta tem que se preparar física e psicologicamente para o atendimento. É preciso, como em qualquer atividade séria, uma atitude completa em relação à prática, integrando com outros aspectos da vida.
O primeiro degrau para o autodesenvolvimento tão necessário é o treinamento pessoal praticado cotidianamente.
A técnica Shiatsu se empenha no tratamento do indivíduo como um todo. A visão do paciente sobre a vida, suas relações familiares, sua ocupação e suas atividades são todas consideradas, pois todos estes aspectos se combinam para constituir a pessoa integral.
Além do Shiatsu outras práticas milenares vem vendo utilizadas. Maiores informações sobre essas práticas acessando os links abaixo
Muitos são os aspectos que compõem a saúde em geral: fatores externos como clima, temperatura e ,altitude. Além disso, fatores internos, como sentimentos, emoções, hormônios, pressão, preguiça e medo; direitos e liberdades individuais, ou a falta delas; os aspectos espirituais e também sócio culturais; entre tantos outros aspectos e até aquilo que foge a atual compreensão humana.
Você já parou para pensar que preocupações deve ter com a sua saúde? Quem você procura quando não se sente bem ou precisa de dicas de saúde? Ademais, você tem confiança nos tratamentos e medicações que se submete?
Texto: Wellington Hetmanek dos Santos – Terapeuta da Equipe Geriatre
Para ter acesso ao texto completo, basta solicitar no campo de comentários rolando a barra até o final.
A hipertensão arterial é uma doença crônica não transmissível, mais comum em adultos e idosos. É uma condição multifatorial, muitas vezes assintomática, por este motivo convém aferi-la regularmente.
Há diversos fatores comportamentais, genéticos que favorecem o desenvolvimento da hipertensão durante toda a vida. Porém, o que está no topo dos principais fatores são: obesidade, sedentarismo, tabagismo, estresse e hábitos alimentares inadequados, como ingestão elevada de álcool, sal e gordura. Segundo Ministério da Saúde ela atinge 1 em cada 4 adultos.
A hipertensão é caracterizada pela elevação sustentada dos níveis de pressão arterial, acima de 140×90 mmHg (milímetro de mercúrio), popularmente conhecida como 14/9 – o primeiro número se refere à pressão máxima ou sistólica, que corresponde à contração do coração; o segundo, à pressão do movimento de diástole, quando o coração relaxa.
26 de abril: uma data para conscientização sobre o problema
A data, instituída pela Lei nº 10.439/2002, tem o objetivo de levar a população a conscientizar-se sobre a importância do diagnóstico preventivo, do tratamento e controle da doença.
Por que é importante acompanhar?
A hipertensão arterial é a principal causa de infartos e AVC. As doenças cardiovasculares são tradicionalmente a maior causa de morte no Brasil. As metas de pressão arterial para a população idosa devem levar em conta, além da idade cronológica, o estado funcional, a fragilidade e as comorbidades presentes. A abordagem multiprofissional é de suma importância para o controle.
Contribuições nutricionais para o controle da hipertensão
Mudança no padrão alimentar
Redução de sódio. Evitar: carnes processadas, maionese, enlatados, queijos amarelos, temperos prontos, lanches industrializados ( Chips, batata frita e salgadinhos)
Incluir alimentos fonte de potássio: damasco, abacate, melão, leite desnatado, iogurte desnatado, folhas verdes, peixes (linguado e atum), feijão, laranja, ervilha, ameixa, espinafre, tomate e uva-passa.
Caso acima do peso, a perda de peso é essencial.
Reduzir ingestão de álcool
Ter uma alimentação rica em frutas, legumes, verduras e grãos
Mais informações:
Texto Tainah Canário – nutricionista da equipe Geriatre
Contribuições da psicologia para o controle da hipertensão
Caminhando para 16 anos de consultório e cerca de 20 mil sessões realizadas, existem algumas percepções que gostaria de dividir com vocês.
Se simplificarmos o termo “somatização”, algo tão temido e negado por diversas pessoas, como a apresentação de sintomas emocionais no corpo (soma), ou seja, a ação de colocar no corpo – somatização, já temos meio caminho andado para a segunda ideia.
Se pegarmos “pressão arterial” e retirarmos a palavra “arterial”, ficaremos apenas com “PRESSÃO”, e é essa a chave pra entender o que se passa do ponto de vista emocional.
Não é incomum que o impacto da pressão que colocamos em eventos e de como entendemos determinados problemas, se traduzam em alteração da pressão arterial.
Em outras palavras, o tamanho que damos a algumas situações, que chamados problemas, junto com o senso sobre a nossa capacidade de resolver o problema, vão determinar nosso nível de estresse e ansiedade diante das situações.
Já tive a oportunidade de testar modificações na pressão arterial com pacientes, medindo em tempo real, e vivenciar que é possível alterá-la com indicações positivas ou negativas e manejo através da respiração.
Notem, temos dois pontos fundamentais agora, o manejo emocional da pressão arterial está pautada em RESPIRAÇÃO e MANEJO DO ESTRESSE, como estratégias de enfrentamento.
Procurem técnicas que melhor se adaptem à vocês e deixo uma sugestão minha para manejo de ansiedade: colocar as mãos em prece, levá-las até o rosto, acomodando a boca e o nariz dentro das mãos, em seguida respirando por cerca de 2min.
Vocês saberão que o exercício está sendo conduzido de maneira adequada se notarem que o ar dentro das mãos esquenta rapidamente, e que sintomas como taquicardia, sudorese, tonteira, confusão, dentre outros irão reduzir até cessar ao final desses 2min.
Em outras palavras é possível manejar nosso nível de somatização, seja de maneira preventiva ou depois dos sintomas instalados no corpo.
Se esse texto te ajudou e se você deseja maiores informações, fale conosco!
A Sarcopenia é um importante problema que pode prejudicar os indivíduos ao longo dos anos. Contudo, cada vez mais os estudos mostram a importância do diagnóstico e do tratamento.
É uma síndrome caracterizada pela redução de massa muscular esquelética e associada à diminuição da força muscular e ao desempenho físico, principalmente no idoso.
Trata-se de uma patologia que pode se intensificar por fatores relacionados à doenças e/ou estilo de vida inapropriado tais como, o sedentarismo, os níveis hormonais diminuídos e a queda da absorção de proteína pelo organismo.
Além das consequências físicas negativas, ainda pode haver aumento de ocorrências de quedas, limitação para atividades da vida e aumento do risco de internações.
Após os 50 anos, estima-se que pode ocorrer 1% de perda anual de massa muscular, de 2% da velocidade de marcha e de 1,9 a 5,0% de força de preensão palmar. A redução de massa muscular atinge, aproximadamente 20% das mulheres.
Sarcopenia: Como avaliar a massa muscular?
Aqui são desatacados alguns métodos para o diagnóstico da sarcopenia
Dados antropométricos – Índice de massa corporal (IMC) e circunferência da panturrilha (CP), medida de reserva de tecido muscular mais fácil de ser medida e também porque são mais sensível às alterações musculares.
É um indicativos de de perda de massa muscular quando a medida da panturrilha é menor que 32 em mulheres e, menor que 34 em homens (OMS)
A bioimpedância – é um aparelho para medir o índice de massa muscular esquelética. É um método utilizado, geralmente, por médicos e nutricionistas.
O dinamômetro – é um aparelho que mede a força de preensão palmar. O melhor ponto de corte para o sexo masculino é menor que 30kg e para o sexo feminino, 20kg.
O DXA( Absorciometria de Raio-x e energia Dual é uma avaliação utilizada junto com a densitometria óssea, para avaliar a quantidade de gordura, massa muscular e massa óssea.
O TUG ( Timed Up and Go) – É um teste que avalia a mobilidade funcional e o equilíbrio dinâmico, envolve potência, velocidade e agilidade em atividades que incluem levantar, caminhar e sentar.
Sarcopenia: classificação
Primária: Geralmente está associada ao envelhecimento.
Secundária: Pode surgir como consequência de uma doença aguda ou crônica. Ex: Pós-Covid-19
Ação multidisciplinar no tratamentoda Sarcopenia
Visando aumentar a eficácia do tratamento o melhor investimento é o trabalho multidisciplinar, porque para a reversão do quadro é fundamental uma ação integrada da fisioterapia e da nutrição.
A intervenção fisioterapêutica
O tratamento fisioterapêutico envolve exercícios de resistência progressiva, de equilíbrio e aeróbicos.
Estes exercícios têm o objetivo de aumentar a força muscular, prevenir eventuais quedas, minimizar a incapacidade funcional e otimizar a independência nos idosos.
Texto: Maria Fernanda Vianna – Fisioterapeuta da Equipe Geriatre
Cuidados Nutricionais na Sarcopenia
Alimentação Saudável
É muito importante seguir uma alimentação saudável, com refeições variadas e pratos coloridos.
O idoso deve realizar 6 refeições diárias, com porções adequadas de verduras, legumes e frutas diariamente. isto se constitui em aporte proteico adequado, porque as necessidades proteicas são elevadas.
Alimentos ricos em proteína
A ingestão adequada de proteínas é fundamental, porque isso pode ajudar na manutenção ou no aumento da massa muscular.
Aliado a isso, é importante considerar a qualidade da proteína animal diária como um fator importante.
As proteínas de origem animal são as preferidas, pois elas são mais completas. Tenha sempre no prato uma porção carne vermelha, ou de frango, ou de peixe, ou ovos. Além disso, consumir iogurte e queijos no lanche é café da manhã é uma ótima opção.
O consumo de proteína vegetal também é muito importante. Prepare pratos com leguminosas como feijão, soja, lentilha, ervilha, grão de bico, pois também são fontes de proteínas.
É importante que se evite o consumo de alimentos ultra processados, porque estes alimentos são ricos em gorduras, açúcar e substâncias usadas exclusivamente em indústrias como os conservantes e os corantes.
Como exemplo de ultra processados desatacamos os biscoitos recheados, salgadinhos empacotados, refrigerantes e macarrão “instantâneo”, embutidos etc.
Uso de suplementos
Quando se confirma o diagnóstico da sarcopenia o nutricionista deve orientar quanto ao consumo de suplementos hiperproteicos com aminoácidos essenciais e deverá avaliar a suplementação com vitamina D.
Neste caso, se o idoso estiver com baixo peso, também se faz necessário aumentar a densidade calórica da dieta porque isso contribuirá com a melhora do quadro
Caso o idoso não tenha uma boa aceitação do suplemento, contudo aceitar poucos volumes, deve se oferecer mini doses de suplemento conforme a orientação do nutricionista.
Dicas importantes
A distribuição de proteínas ao longo do dia nas principais refeições deve ser de aproximadamente de 25 a 30g de proteínas por refeição.
Exemplo prático: 100 gramas de carne bovina = 1 bife médio = cerca de 25g de proteína
Variar os sabores, texturas e formas de apresentação
Com objetivo de se evitar a monotonia alimentar e a não adesão a terapia nutricional faça smoothie com frutas, vitaminas com frutas e cereais, barras hiperproteicas, cremes, mousses com suplemento, sorvetes etc.
Texto: Glaucia Campos – Nutricionista consultora Equipe Geriatre
Dados da Vigitel (2018) apontam que “a prevalência da obesidade voltou a crescer no Brasil, principalmente entre os adultos de 25 a 34 anos e 35 a 44 anos, com 84,2% e 81,1%,”
Índice de obesidade no Brasil cresceu 67,8% entre 2006 e 2018 acesse o link abaixo para acessar a matéria completa publicada na revista veja saúde
A saúde do indivíduo é fortemente prejudicada pela obesidade, visto que desencadeia uma série de outros fatores associados.
Deixar de ser obeso não é uma questão estética. É uma questão de valorização da sua saúde para alcançar uma longevidade com excelente qualidade.
Algumas informações
A obesidade se caracteriza pelo acúmulo de gordura corporal que podem causar doenças graves e até levar à morte.
Dados do IBGE mostram que cerca de 27 milhões de brasileiros estão obesos e 48 milhões estão acima do peso.
A partir do cálculo do índice de massa corporal IMC é possível iniciar o diagnóstico.
Para uma pessoa idosa, leva-se em consideração a seguinte classificação do IMC: baixo peso é menor que 22; Peso adequado entre 22 e 26,9 e sobrepeso maior ou igual a 27.
Já a obesidade pode ser avaliada a partir da seguinte classificação:
Obesidade leve – classe 1 IMC entre 30 e 34,9; obesidade moderada – Classe 2 IMC entre 35 e 39,9 e obesidade grave ou mórbida – classe 3 IMC acima de 40.
Algumas orientações da nova diretriz Canadense
A diretriz publicada em 2020, traz algumas recomendações para a gestão da obesidade.
Esta diretriz pode ser utilizada e adaptada para idosos e tem como uma das recomendações o foco na mudança comportamental, redução dos riscos de doenças crônicas e na qualidade de vida.
A quebra dos paradigmas de ser um tratamento centrado na gestão do peso e evidencia a não estigmatizarão do paciente durante a intervenção nutricional.
1-Participe em conjunto com o seu nutricionista das metas do tratamento 2-Escolha metas relacionadas ao comportamento para melhorar seu estado nutricional e sua saúde 3-Esteja com foco na mudança de estilo de vida 4- Consuma frutas, verduras e legumes diariamente e evite alimentos ultra processados. 5-Escolha um padrão alimentar que melhore a saúde 6- Não faça uma “dieta restrita” pode gerar carências nutricionais e perda de massa muscular
Outros pontos importantes
“Os formuladores de políticas de saúde pública não devem fazer o uso de linguagem e imagens estigmatizantes
“As intervenções nutricionais para o controle da obesidade devem se concentrar em alcançar resultados de saúde para redução do risco de doenças crônicas e melhorias na qualidade de vida, não apenas mudanças de peso.
“Como você come é tão importante quanto o que e quanto você come. Pratique a alimentação consciente e promova uma relação saudável com os alimentos.”
Mais informações em: PROTOCOLO DE USO DO GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA NA ORIENTAÇÃO ALIMENTAR DA PESSOA IDOSA acesse o link
A mudança de hábitos alimentares é o primeiro passo para combater a obesidade.
Que tal passar por uma avaliação com a nutricionista?
Com um trabalho integrado do nutricionista com o profissional de educação física e com psicólogo, você atingirá em breve o seu objetivo de uma vida mais saudável.
A equipe Geriatre conta com profissionais especializados para atender a pessoa que envelhece.
Referências:
1-Brown J, Clarke C, Johnson Stoklossa C, Sievenpiper J.Diretrizes de Prática Clínica Canadense de Obesidade em Adultos: Terapia de Nutrição Médica no Controle da Obesidade(2020). Disponível em: https://obesitycanada.ca/guidelines/nutrition.
2-Brasil. Ministério da Saúde. Fascículo 2 Protocolos de uso do Guia Alimentar para a população brasileira na orientação alimentar da população idosa [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Universidade de São Paulo. – Brasília : Ministério da Saúde, 2021. 15 p.: il.
Contribuição na matéria: Dra. Glaucia Campos -Nutricionista PhD em Saúde Coletiva. Especialista em Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia – SBGG
Aproveitamento integral dos alimentos: você sabe o quanto de nutrientes está desperdiçando?
Aproveitamento integral dos alimentos: algumas informações importantes. Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura).
No mundo, cerca de 1.3 bilhões de toneladas de alimentos produzidos por ano para o consumo humano se perde ou é desperdiçado.
A FAO calcula que de tudo o que é jogado fora, apenas 25% já seria suficiente para abastecer a população com fome.
Para diminuir o desperdício a alternativa e Aproveitamento Integral dos Alimentos (AIA), que pode aumentar a densidade nutritiva das preparações alimentares, auxiliar no combate à fome, e ainda reduzir a quantidade de lixo produzido, por meio da utilização total do alimento
Porém, aproveitar o alimento em sua totalidade vai além de reduzir impacto ambiental, ou a fome de quem precisa. Pode ser considerado um modo de vida, pois você aproveitar integralmente um alimento significa que está recebendo um valor nutricional incrível.
Segundo informações do livro “Na cozinha com frutas, legumes e verduras” , elaborado pelo Ministério da Saúde em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), consumir integralmente um determinado alimento representa o aproveitamento dele como um todo, sem desprezar nada. Ou seja: está liberado comer da semente até o talo.
Click no link para acessar o livro “Na cozinha com frutas, legumes e verduras”
Aproveitamento integral dos alimentos: curiosidades
Você sabia que o alimento tem seis partes?
Casca, entrecasca, folha, talo, semente e polpa. Mas usamos apenas uma, a última. Jogamos fora 5/6. Se usarmos todo o alimento, além de aproveitar por completo, estaremos economizando.
Pode existir certo preconceito em utilizar algumas partes que não são habituais, pois o que não aproveitamos, vira “lixo”.
Todos precisam entender que estas partes que jogam no lixo não é lixo. É comida. Não é sujo nem contaminado.
O valor nutricional de frutas e legumes não é nenhuma novidade. O que as pessoas não sabiam é que as cascas, folhas e talos de alguns desses alimentos possuem nutrientes como vitamina C, carboidratos, cálcio e fibras, muitas vezes em quantidades superiores às da própria polpa.
Dicas para aproveitar integralmente seus alimentos
E para quem não sabe onde utilizar as partes descartadas, aqui vão algumas dicas
Os talos de couve, agrião, beterraba, brócolis e salsa, entre outros, contêm fibras e devem ser aproveitados em patês, refogados, recheios, no feijão, na sopa, etc.
Os talos do agrião contêm grande concentração de ferro, cálcio e vitamina C, já tentou acrescentar em uma sopinha ou até bem picado na omelete? Fica uma delícia
As folhas da cenoura são ricas em vitamina A e podem virar bolinhos, sopas ou podem ser picadinhos em saladas.
A água do cozimento das batatas, beterraba, cenoura, entre outros, concentra as vitaminas hidrossolúveis, que podem enriquecer purês, arroz e gelatinas.
As cascas da batata e da mandioquinha podem ser assadas em forno e servidas como aperitivo. São ricas em fibras e mais saudáveis do que as industrializadas, que chegam a ter até meio copo de óleo.
A casca da laranja é rica em cálcio e pode ser usada caramelizada ou em pratos doces à base de leite (arroz doce e cremes), também pode fazer um bolo com a casca e tudo.
As partes brancas (entrecasca) da melancia e do melão são ricas em fibras e potássio; podem ser usadas para fazer doces e no preparo de recheios salgados. Experimente fazer um quiche da entrecasca da melancia.
Com as cascas das frutas – goiaba, mamão e abacaxi, por exemplo –, pode-se preparar sucos no liquidificador. O bagaço do suco (que sobra na peneira) pode ser aproveitado para preparar brigadeiros e bolos.
Importante é utilizar essas partes em pratos bonitos, saborosos, porque comemos com todos os sentidos.
A mudança de hábitos é chave para maiores benefícios na saúde
Nada como experimentar o novo e se abrir para novas experiências para ver os benefícios que o alimento como um todo pode trazer.
Como diz a famosa frase: na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. As partes dos alimentos que não foram aproveitadas na cozinha ainda podem servir como fertilizantes ou para compostagem. Para quem é adepto do cultivo de plantas, alguns restos de alimentos ainda viram novas plantinhas na sua horta.
E aí, será que vale a pena aproveitar mais do que estão habituados?
Texto: Tainah Canário – Nutricionista da equipe Geriatre
Este tema estará na oficina de convivência virtual. Acesse o link para conhecer mais um pouco do trabalho
O grupo virtual de convivência é um espaço destinado dar foco e recursos para as pessoas experimentarem um senso de pertencimento e também auxiliar na adequação à novas realidades.
Estamos vivendo um momento conturbado porque pela primeira vez na história estamos convivendo com um pandemia que exige distanciamento social, medidas preventivas e isolamento, ao mesmo tempo que convivemos com as notícias em tempo real. Algumas verdadeiras e outras falsas.
O ser humano está mergulhado em um mar de medo, aflições, conflitos e ambiguidades. É preciso se munir de mecanismos para driblar essa fase para se preparar para o futuro sem adoecer.
Então a oficina de convivência virtual chega com esse propósito. Vencer barreiras!!! Porque você precisa se fortalecer para não adoecer e para poder ajudar quem está ao seu lado.
Quem é o facilitador da oficina de convivência virtual?
Wallace Hetmanek é psicólogo com pós-graduação em Geriatria e Gerontologia pela Faculdade de Ciências Médicas da UERJ e Especialista em Gerontologia titulado pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia – SBGG
Um pouco mais sobre sua trajetória
“Depois de ajudar no treinamento de mais de 3.000 de porteiros (RJ, SP, MG, ES), atuar em diversas empresas para auxiliar na transição para aposentadoria, além de contar como produção técnica e acadêmica, agora vejo que chegou o momento de dar suporte as pessoas em distanciamento social”. (Relato de Wallace Hetmanek)
Com quase 17 anos de experiência com oficina de convivência na UnATI/UERJ, nosso psicólogo agora está realizando os grupos em formato virtual.
Além da oficina de convivência Wallace criará um curso de aprofundamento com conteúdo selecionado e cuidadosamente preparado que você libere teus potenciais na maturidade.
Conheça um pouco mais sobre seu trabalho acessando os links abaixo